Com a proximidade do prazo final para a escolha do candidato a vice na chapa do tucano José Serra, aumenta a pressão do DEM para que o nome saia da legenda. O presidente nacional do partido, Rodrigo Maia, tem afirmado em reuniões reservadas com o comando da campanha que não irá aceitar a chapa pura, condição que era considerada apenas se o vice fosse o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves.
A preferência do DEM é pela ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires Franco. Filiada ao partido, ela resiste por considerar que tem chances de vencer a disputa para o Senado. As pesquisas lhe dão 45% de intenção de voto. Nas últimas horas, dirigentes do DEM entraram em campo para tentar convencê-la. Jornalista, Valéria chamou a atenção na última eleição por ter entrado na lista dos candidatos à prefeitura de capital mais ricos do país. Ela declarou ao TSE patrimônio de R$ 7 milhões.
Era a quinta mais rica. Em 2007, Valéria também ganhou fama nacional ao apresentar o programa nacional do DEM, dirigido por Paula Lavigne. Sua beleza chamou a atenção do ex-marido de Lavigne, o cantor Caetano Veloso, que quis conhecê-la. Veto Maia vetou o nome da vereadora do Rio de Janeiro e presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, por ela ser do PSDB. Ele, que é o principal defensor da indicação de um vice do DEM, tem dito que seria "humilhante" perder a indicação para uma vereadora tucana e ainda mais da sua terra.
Em reunião recente com partidários, ele teria afirmado que se Amorim for a escolhida, será o mesmo que apertar o botão do "eject" para o partido. Em seu terceiro mandato como vereadora do Rio de Janeiro, Amorim foi eleita em 2008 com 1.140 votos. Sua atuação é voltada para o esporte. Na Câmara Municipal, foi Presidente da Comissão Especial Rio 2016, relatora da Comissão Especial da Copa de 2014 e integrante da comissão especial das condições de segurança da população. Em 2003, foi secretária de Assuntos Estratégicos - Pan 2007, da Prefeitura do Rio. Hoje, Patrícia é a 2ª Secretária da Mesa Diretora.