Depois da opção de ficar calado ao ser convocado pela Polícia Federal, a defesa do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior mudou de estratégia e anunciou a sua disposição em cooperar com as investigações da Polícia Federal (PF). Com isso, os advogados do militar solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a marcação de uma nova data para que Araújo Júnior possa prestar esclarecimentos.
O QUE DIZ A DEFESA: Segundo declarações do advogado Lissandro Sampaio, a decisão de depor, mesmo sem acesso completo ao inquérito, visa a esclarecer as acusações que pesam contra o tenente-coronel. Sampaio enfatizou a importância de Araújo Júnior esclarecer sua posição perante a sociedade, negando envolvimento na elaboração de uma suposta minuta golpista e afastando as alegações de tentativa de subversão do Estado Democrático de Direito.
TEOR DA INVESTIGAÇÃO: Araújo Júnior é investigado por sua proximidade com o também tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e por supostamente discutir planos para um golpe de Estado. No entanto, sua defesa, composta também pelo advogado João Carlos Dalmagro, argumenta que a relação entre Araújo Júnior e Mauro Cid baseava-se unicamente em uma amizade formada durante o período em que cursaram juntos a escola militar, negando qualquer envolvimento em atos contra a democracia.
Essa mudança na abordagem da defesa do tenente-coronel Araújo Júnior segue um movimento semelhante realizado pela defesa do coronel Marcelo Câmara, que também sinalizou abertura para negociar uma possível colaboração com as autoridades, caso seja convocado para depor.