Deputado aciona PF para tentar localizar tablet furtado em aeroporto

Passageiros que iam de SP a Brasília tiveram bolsas e malas revistadas.

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Ex-delegado da Polícia Federal (PF), o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) acionou nesta terça-feira (19) antigos colegas da corporação para tentar localizar um tablet do modelo Ipad que foi furtado dele no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Ao desembarcarem em Brasília, segundo o deputado, os agentes federais pediram que passageiros do voo da TAM passassem bolsas e malas em equipamento de raio-x.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Polícia Federal para consultar se é um procedimento de rotina policiais federais revistarem passageiros de companhias aéreas para tentar localizar objetos furtados em aeroportos. A corporação não se manifestou até a publicação desta reportagem. A Infraero disse que o episódio é de responsabilidade da companhia aérea. A TAM afirmou que, como o furto ocorreu dentro do aeroporto, a Infraero é responsável.

O parlamentar do PC do B afirmou que esqueceu seu tablet no portão de embarque da TAM antes de ingressar na aeronave que o trouxe para Brasília na manhã desta terça. Quando se deu conta de que havia esquecido o dispositivo eletrônico, relatou Protógenes, ele retornou ao local. Então, percebeu que o equipamento não estava mais lá.

Segundo ele, no equipamento só havia arquivos e fotos pessoais, nada relacionado à atuação na Câmara.

Protógenes contou que, imediatamente, se dirigiu ao balcão de informações da companhia aérea para informar sobre a perda do tablet. Como o aparelho não havia sido entregue aos funcionários da empresa, ele procurou o setor de achados e perdidos e os funcionários da limpeza, porém, não conseguiu localizar seu Ipad.

Antes de embarcar para Brasília, o deputado acionou antigos colegas da PF que atuam no aeroporto de Congonhas para tentar encontrar o dispositivo. Durante o voo, os agentes federais informaram ao comandante da aeronave de que o sistema de rastreamento do Ipad havia apontado que o equipamento estava dentro do avião.

De acordo com Protógenes, o comandante da TAM, ?de forma educada?, perguntou aos passageiros se ninguém havia encontrado um Ipad no aeroporto.

?Então, o comandante advertiu que teríamos de sofrer uma revista da Polícia Federal porque alguém estava com um Ipad que não lhe pertencia?, relatou o deputado.

Diante da situação inusitada, alguns passageiros teriam ficado incomodados com a possível revista policial. Outros, ressaltou Protógenes, ao reconhecê-lo manifestaram apoio à iniciativa de que a PF procurasse o equipamento entre pertences pessoais.

Ao pousarem em Brasília, informou o parlamentar paulista, uma equipe de agentes da PF já estava posicionada na área de desembarque à espera dos passageiros. Protógenes, no entanto, assegura que os policiais federais optaram por não fazer uma revista nas bagagens dos passageiros.

?A Polícia Federal de Brasília fez um procedimento normal e não encontrou o Ipad. Não houve busca pessoal?, assegurou o deputado.

Protógenes procurou o posto policial da Polícia Federal no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek para registrar um boletim de ocorrência. Conforme o parlamentar, com o auxílio das imagens do sistema de segurança do aeroporto de São Paulo, os policiais conseguiram identificar o momento em que o aparelho foi furtado.

Até a publicação desta reportagem, a PF ainda não havia identificado o nome do passageiro que pegou o tablet. Os agentes federais pretendem checar os dados de embarque dos passageiros para a confirmar a identidade do autor do furto. Para não atrapalhar as investigações, o parlamentar foi orientado pela PF a não revelar detalhes sobre a identidade da pessoa que pegou seu Ipad.

?Tenho certeza de quem fez isso apenas pegou o Ipad emprestado. Se ele quiser, pode devolver no meu gabinete?, ironizou Protógenes.

Relato de passageiro

Um passageiro que estava no avião contou que, após o pouso em Brasília, uma comissária da empresa aérea anunciou que todos a bordo teriam de esperar para descer da aeronave. Em seguida, relatou, agentes da PF entraram no avião avisando que os passageiros passariam por revista no raio-x devido a um objeto desaparecido, sem dar maiores explicações.

Os passageiros ficaram cerca de meia hora dentro do avião esperando pelos ônibus. Cerca de 15 pessoas já haviam desembarcado, mas foram levadas de volta ao raio-x junto com os outros, contou o passageiro.

Segundo o relato, houve muita reclamação por parte dos demais passageiros.

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