Deputado discursa contra fim do bombom 'Serenata de Amor'

Ele usou a tribuna do plenário da Câmara para fazer sua defesa.

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Na véspera da eleição para presidente da Câmara, um dos candidatos, o deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES) usou a tribuna do plenário para defender que o bombom Serenata de Amor não saia da linha de produção da fábrica de chocolates.

"Tenho certeza de que todos nós um dia, encantados pela amizade e pelo amor a alguém, já demos um bombom Serenata de Amor de presente seja para um filho, seja para a mãe ou para uma pessoa de quem gostávamos muito. Tenho certeza de que essas caixas amarelas já encantaram o Brasil e alegraram muitos corações."

A compra da Garoto está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) há mais de uma década, devido a uma pendência de autorização de concorrência, uma vez que um dos objetivos do órgão é evitar injustiças no mercado. A preocupação dos capixabas é que se a transação for concretizada, a fábrica em Vila Velha (ES) feche as portas.

Durante o relato, o deputado Carlos Manato (SD-ES), que presidia a sessão, apoiou Evair. "Essa defesa de vossa excelência é a defesa de todo o capixaba".

Evair relatou um histórico da produção do bombom desde a década de 1950, quando eram "produzidas apenas 200 quilos ou pouco mais de 10 mil unidades por dia". Hoje, segundo ele, são mais de 3,4 milhões de unidades de bombons. "A empresa Chocolates Garoto foi fundada em 16 de agosto de 1929 pelo o imigrante alemão Henrique Meyerfreund em um galpão na Prainha, bairro da cidade de Vila Velha", contou.

O parlamentar chamou o Serenata de "presente nobre" do estado e "orgulho dos capixabas". Ele chamou a pendência no Cade de "martírio" e "novela que parece, infelizmente, não ter fim".

"Agride de uma só vez tanto a sensação de pertencimento que todos nós capixabas temos pela Garoto quanto o sentimento de romantismo em noites de lua e de serenata, que esse bombom sempre despertou em muitas gerações de capixabas e brasileiros."

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