Deputado Edmar Moreira diz que castelo não foi declarado por estar no nome do filho

Ele foi acusado de ter ocultado o bem de sua declaração de bens entregue à justiça

Castelo de deputado | Divulgacao
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O deputado Edmar Moreira (DEM-MG), eleito nesta semana para o cargo de segundo vice-presidente e corregedor da Câmara, afirmou nesta quinta-feira (5) que o castelo em São João do Nepomuceno (MG) está registrado em nome de um de seus filhos, Leonardo Moreira. Ele confirmou que construiu o empreendimento na década de 80, mas disse ter colocado o imóvel no nome do filho em 1993.

Ele foi acusado de ter ocultado o bem de sua declaração de bens entregue à justiça nas últimas eleições. O deputado disse que a construção do castelo começou em 1982 e foi concluída em 1990. A intenção, segundo Moreira, era explorar mais o turismo da região. Ele avaliou que o castelo vale entre R$ 20 e R$ 25 milhões.

Moreira foi questionado ainda sobre reportagem da "Folha de São Paulo" que relata uma ação contra a sua empresa da área de segurança em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de ter dívidas com o INSS no valor de até R$ 1 milhão. Segundo a denúncia, a empresa recolhia a contribuição previdenciária dos trabalhadores, mas não encaminhava ao INSS. Moreira afirma que já enviou à justiça comprovantes do pagamento da suposta dívida.

O corregedor diz não ver motivo para deixar a função. ?Estou sendo condenado porque tribunal??, questionou. Ele considerou como ?justo? um eventual processo para investigá-lo na Casa, mas disse não desejar que isto aconteça. Disse também não ver problemas em dar explicações à Executiva do partido, como defendeu o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). O corregedor, no entanto, não apresentou nenhum documento para comprovar suas afirmações.

Ele voltou a defender sua posição de que a Câmara não pode julgar colegas por quebra de decoro. Segundo ele, caberia à Casa apenas dar a admissibilidade de processos e encaminhá-los à Justiça. ?Não temos a fórmula ainda. O que precisamos é evitar que, amanhã, por exemplo, um colega tenha mandato cassado e depois, quando isso for à justiça, ele seja absolvido. Então, o erro é irreparável e absolutamente irreversível?.

Punição

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), defendeu nesta quinta uma punição dentro do partido para o deputado Edmar Moreira. Caiado lembra que o candidato do partido para a função era Vic Pires Franco (PA), que foi derrotado por Moreira em plenário. O líder afirma que o DEM não concorda com as posições do corregedor relativo ao julgamento dos colegas. Ele afirmou que a Executiva do partido irá se pronunciar sobre o caso.

?Não pode o DEM responder por um candidato eleito contra o indicado do partido. Mas o DEM sabe que terá de tomar uma atitude porque ele (Moreira) está filiado ao partido?, disse o líder do partido.

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