Deputado estadual e filho são denunciados por fraude

Acusados são suspeitos de fraude no seguro-desemprego

José Ilo Alves Dantas (PSDB). | divulgação
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O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará denunciou ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) José Ilo Alves Dantas (PSDB), deputado estadual e ex-prefeito de Quixelô, e seu filho Agenor Gomes de Araújo Neto, prefeito de Iguatu, suspeitos de fraude no seguro-desemprego. Segundo a denúncia, os dois comandaram um esquema de fraude de 1996 a 2000 que utilizava falsos contratos de trabalho para conseguir o benefício. O dinheiro adquirido ainda seria destinado a compra de votos em Quixelô.

Também foram denunciados Francisco Antônio Quinto, Napoleão Holanda Coelho, o vereador em Quixelô Manoel Wellington Batista de Araújo e Marianeide Alves Vieira - todos suspeitos de participar ou intermediar o esquema -, além de Edmilson Alves da Silva, Epifânio Gomes de Lima, Francisco de Assis Aires do Nascimento e Josefa Francisca do Nascimento, que teriam dinheiro do grupo.

O esquema ainda teria envolvido as empresas GPM Projetos e Construções Ltda, Construtora Frota Coelho Ltda, Construtora Gomes de Araújo Ltda (CGA), Constran Construção e Arquitetura Ltda, entre outras. O prefeito de Iguatu teria sido sócio majoritário das duas últimas. O MPF afirma também que o caso foi desmembrado em diversos processos que envolvem mais de 700 pessoas.

O Ministério Público Federal afirma também que o grupo utilizava carteiras de trabalho de eleitores, geralmente trabalhadores rurais, com as quais criavam um contrato falso de trabalho (muitas vezes retroativo) e sacavam o seguro-desemprego.

Os integrantes do suposto grupo foram denunciados por estelionato e falsidade ideológica. José Ilo Alves Dantas, Agenor Gomes de Araújo Neto, Napoleão Holanda Coelho, Manoel Wellington Batista de Araújo, Francisco Antônio Quinto e Marianeide Alves Vieira também foram denunciados pelo crime de formação de quadrilha. Para o deputado e o filho, o MPF pediu o agravante por "promover, ou organizar a cooperação no crime ou dirigir a atividade dos demais agentes", já que os dois teriam criado e comandado o esquema.

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