Rivais na disputa pelo Governo do Estado e na presidência da Assembleia Legislativa, a situação entre o PT e o PMDB pode ser contornada, ao menos no que se refere ao apoio para a base governista na Casa. Os empecilhos para essa aliança parecem estar cada vez mais distantes sendo norteados pelo diálogo tendo como garantia o discurso adotado pelo deputado federal e presidente regional do PMDB, Marcelo Castro, que já não descarta a aproximação com a gestão de Wellington Dias. “O PMDB não irá se oferecer ao governador Wellington Dias. O convite tem que partir de uma iniciativa do próprio governador, mas da minha parte não haverá nenhuma dificuldade”, declarou.
A proximidade, contudo, não é inédita, historicamente as duas siglas já formaram alianças tanto em âmbito local como nacional, o sinal dessa relação cordial veio com a liberdade dada aos seis parlamentares que compõem a bancada pmdebista, no sentido de aderirem ou não à base do governo. Esse viés é ressaltado pela forma amistosa como o deputado federal vislumbra sua atuação na Câmara. “Perdemos as eleições governamentais e o povo nos colocou na oposição, contudo, o partido já participou da base do PT antes, tanto em nível nacional como estadual, portanto, o apoio vai depender de um gesto do governador. Apesar disso, Wellington pode contar comigo em Brasília para fazer o melhor pelo Piauí”, relatou.
DIREÇÃO – Caso se confirme o apoio do partido ao governo de Wellington Dias (PT), a disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça pode ser cessada, apontando para um consenso entre os parlamentares.
Atualmente, as especulações apontam que o posto deve ser vislumbrado pelo bloco partidário entre o PT e PTB e pela bancada do PMDB; a batalha é pelo direito da indicação, como a CCJ é a mais importante, geralmente fica com o grupo que angariar o maior número de deputados.