Pautando as discussões em torno do caso de violência que vitimou quatro jovens em Castelo do Piauí, o líder governista João de Deus (PT) exacerbou na tribuna da Assembleia na manhã de ontem (01), o resultado dos encontros que teve com o governador Wellington Dias (PT) para tratar da temática que engloba o combate à criminalidade no Estado, nisso, o parlamentar sinalizou para a criação de uma Força Tarefa constituída pelos Poderes Executivo e Judiciário, em conjunto com o Ministério Público, versando para a análise dos inquéritos, de modo que possam ser encontradas saídas para que os delinquentes com maior periculosidade sejam mantidos por mais tempo no cárcere.
"Fiz a sugestão ao governador na semana passada e achei por bem trazer à tribuna desta Casa, porque essa discussão a gente já vem fazendo ela há algum tempo, nós tivemos agora esse episódio de Castelo, sabemos que tem envolvimento de menores, mas tem também de uma pessoa já adulta, que já vem diversas vezes cometendo crimes e é inadmissível que se tenha uma figura como essa que nunca foi julgada, continua na rua e logicamente agora foi preso, mas a qualquer hora pode voltar e cometer novos delitos", disse.
A concentração de esforços visa minimizar problemas crônicos da legislação brasileira, acabando com a 'folclórica' abstração de que os atos criminosos padecerão na injustiça ou serão punidos com penas brandas.
"A polícia diz 'a gente prende, mas pouco tempo depois o bandido está na rua e a gente não pode prender de novo enquanto não comete outro crime, tem que esperar uma nova vítima', então a sugestão é que nós possamos ver quais são as falhas desses inquéritos, quais são os problemas enfrentados pela Justiça, o motivo que esses bandidos não são julgados", declarou.
Através deste cenário, João de Deus quer que a Justiça estipule prioridades nos julgamentos, de modo que os casos mais graves sejam apreciados com maior celeridade.
"Buscamos que se priorize o julgamento dos mais perigosos, para que a gente possa enfim garantir que eles cumpram suas penas", impôs. O parlamentar impôs que essa é a missão do sistema, indicando para a recepção positiva do Chefe do Poder Executivo quanto a proposição.