O deputado Marden Menezes (PSDB) cobrou do governo do Estado, informações sobre a aplicação dos recursos conseguidos através de empréstimo junto ao BNDES para obras de estradas e reforma de aeroportos. Segundo o parlamentar foram dois grandes empréstimos autorizados pela Assembléia Legislativa, mas até agora não há informação de quanto foi liberado e onde o recurso foi empregado.
O parlamentar apresentou requerimento na AL solicitando informações junto à Secretaria de Fazenda. ?O secretário do órgão deve informar à Assembléia as datas dos depósitos bancários, os nomes dos bancos, os órgãos a que foram destinados, os recursos e quais as obras atendidas?, explicou o tucano.
Marden destacou que a Assembléia autorizou os empréstimos, mas até o momento não tem conhecimento onde os recursos estão sendo aplicados. Foram autorizados R$ 300 milhões em julho e outro de R$ 200 milhões no final de 2009.
?Não se sabe até agora o que foi feito desse dinheiro porque a maioria das estradas não foi iniciada, enquanto muitas obras se encontram paralisadas, como a estrada de Sigefredo Pacheco?, disse.
Marden Menezes ressaltou ainda que chegou a exigir que fosse anexada em um documento que autorizava o pedido, uma planilha enviada pelo governo indicando quais estradas serão beneficiadas. O documento em questão foi solicitado no final de 2009, quando o Legislativo aprovou pedido de empréstimo de R$ 200 milhões para conclusão e início de estradas.
Na oportunidade o deputado justificou sua condição, argumentando que era uma forma de evitar remanejamento de recursos, e que algumas rodovias sejam beneficiadas em detrimento de outras, como as indicadas para a região entre Piripiri-Batalha, Piripiri-Barras e Piripiri-Lagoa do São Francisco.
De acordo com o parlamentar, nos empréstimos anteriores solicitados pelo Estado, era enviada uma planilha com as rodovias que receberiam recursos, no entanto, o documento não era integrado na lei. Marden explicou que, dessa forma, o Governo tinha o poder de priorizar algumas obras e com a alteração, não há essa liberdade.
?O governo não ficava obrigado a fazer as estradas que estão na lei. Então queremos criar essa exigência, que seja investido onde está indicado na lei?, pontuou.