Deputados protocolam pedido de impeachment

Pedro Paulo Dias está preso desde sexta-feira (10) pela Polícia Federal.

Pedro Paulo Dias | Arquivo
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Três deputados estaduais de oposição protocolaram na manhã desta terça-feira (14) na Assembleia Legislativa um pedido de impeachment do governador preso do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP). Os parlamentares querem que o pedido siga ainda nesta terça para uma comissão especial e que o trâmite seja acelerado. Pedro Paulo está preso desde sexta-feira (10) dentro da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, que prendeu também mais 17 pessoas por suspeita de desvio de recursos públicos.

O pedido de impeachment é assinado por Camilo Capiberibe (PSB), Ruy Smith (PSB) e Joel Banha (PT). Os parlamentares listam reportagens da imprensa sobre o escândalo e destacam que o caso só foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo envolvimento do governador, que tem foro privilegiado.

Smith afirmou ao G1 que é obrigação da Assembleia fazer o ?julgamento político? do governador preso. ?É um julgamento político que precisa ser feito. (...) A Assembleia precisa se posicionar e é obrigação dela chamar a responsabilidade para si neste momento?.

Na visão do deputado, o presidente, Jorge Amanajás (PSDB), tem de decidir sozinho sobre o encaminhamento da denúncia para a comissão especial que investigaria o governador. Em entrevista ao G1 na segunda-feira (13) Amanajás afirmou que uma decisão neste sentido seria coletiva e ele, como é candidato ao governo, não pretende tomar a frente do caso.

Um dos autores do pedido também disputa o governo do Amapá. Camilo Capiberibe não vê problema no fato. ?Sou candidato ao governo, mas antes disso sou deputado e durante o mandato inteiro agi dessa maneira, combatendo a corrupção. Sempre me posicionei com clareza?. Ele afirma que o governador sempre teve ampla maioria na Assembleia e disse que com a decisão sobre o pedido será possível mensurar o tamanho do desgaste político da prisão.

Camilo também pretende pedir explicações ao presidente da Assembleia sobre o fato de Amanajás ter prestado depoimento à PF e da Casa ter sido alvo de busca e apreensão dentro da Operação. A sessão da Assembleia deve começar a partir das 10 horas.

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