Apesar das perdas que já somam R$ 355 milhões, ou seja, 10% da receita corrente líquida piauiense, o governador Wellington Dias esclareceu que o Estado não vive uma situação de instabilidade econômica. ?Tivemos dificuldades mas não instabilidade. Fechamos o ano sem atrasar salario e não deixamos de tocar obras?, argumentou ontem durante o lançamento oficial da campanha de Registro Civil, no Palácio de Karnak.
Dias esteve reunido na última terça-feira em Brasília representando os governadores nordestinos no encontro com membros do Tesouro Nacional e adiantou que o presidente Lula dará uma resposta sobre o pedido de ajuda financeira ao Governo Federal. ?O presidente deve apresentar a solução em março. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que a partir de abril devemos ter uma retomada plena dos repasses federais?, pontuou.
O chefe do Executivo estadual classificou 2010 como um ano ?pós-crise? e que, por isso, as dificuldades sentidas com as reduções do Fundo de Participação do Estado desde janeiro tornam a situação ainda mais ?vulnerável?. No mês passado o Piauí perdeu R$ 21 milhões, totalizando uma porcentagem 14% inferior ao mesmo período de 2009.
PAC 2- Segundo Wellington Dias, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento deve ser lançada em maio deste ano. ?Esta semana estive em Brasília e incluímos a segunda etapa das obras do Porto de Luís Correia no PAC 2, com um aprofundamento do calado para embarcações maiores atracarem e a construção de uma marina no rio Igarassu?, explicou.
Durante os próximos meses o governador estará fazendo visitas semanais à capital federal para concluir o plano de projetos que farão parte do PAC 2. ?Conversamos com o ministro da Justiça e ficou decidido que teremos mais três penitenciárias descentralizadas no Sul do estado, na região de sul Uruçuí, Corrente e Piripiri. Tivemos ainda um entendimento relacionado Ministério da Integração Nacional sobre a Barragem de Castelo do Piauí?, concluiu. (S.B.)