A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro-chefe da Casa Civil. A cerimônia de posse ocorreu no Palácio do Planalto.
Ao lado de Lula, também assumiram os novos ministros da Justiça, Eugênio Aragão, e da Aviação Civil, Mauro Lopes. Deslocado da Casa Civil para dar o cargo a Lula, Jaques Wagner passará a comandar, a partir desta terça, o novo ministério do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
A avaliação de aliados é que, como ministro, Lula vai poder atuar como um articulador político do Planalto, ajudando na interlocução com o Congresso Nacional, movimentos sociais e partidos, e na elaboração de propostas para o país superar a crise econômica.
O anúncio de que Lula assumiria a Casa Civil ocorreu nesta quarta (16), por meio de um comunicado oficial divulgado pela Secretaria de Comunicação Social. Ao longo de quarta e da última terça (15), Lula se reuniu com Dilma e ministros próximos aos dois, como Jaques Wagner e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), para discutir a decisão.
A presidente Dilma Rousseff declarou que a interceptação de uma conversa sua com o ex-presidente e novo ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, é uma "agressão" e afirmou que o caso será investigado.
"Nós estamos diante de um fato grave, uma agressão não à minha pessoa, mas à cidadania e à nossa Constituição", disse Dilma durante cerimônia de posse do ex-presidente Lula como ministro e de outros três ministros, na manhã desta quinta-feira (17), em Brasília.
"Estaremos avaliando as condições desse grampo que envolve a Presidência da República. Nós queremos saber quem o autorizou, por que o autorizou e por que foi divulgado quando não continha nada, eu repito, nada que possa levantar qualquer suspeita sobre seu caráter republicano", falou.