A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, informou nesta sexta-feira (19) vai deixar o conselho de Administração da Petrobras, que presidia desde 2003. Em seu lugar, fica o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"Diziam que eu podia ficar, mas não acho que deveria e nem o governo achou. Não tem sentido eu deixar o governo e permanecer na Presidência do Conselho da Petrobras", disse Dilma, após reunião do conselho em Brasília.
A ministra informou ainda que Marcio Zimmerman, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, passará a fazer parte do conselho da estatal. As alterações no conselho de Administratação da Petrobras têm de ser ratificadas na próxima assembléia geral de acionistas, marcada para 22 de abril.
Dilma Rousseff disse que deixa o conselho da empresa em um momento de investimentos crescentes, com a previsão de gastos na exploração da camada pré-sal, além dos ramos petroquímico e de gás.
"A Petrobras é uma empresa extremamente qualificada. A diretoria possui uma formação exemplar. Eu aprendi muito e acho que tenho uma nova visão do Brasil. Vi a riqueza do Brasil e a capacidade grande de enfrentar desafios", afirmou ela a jornalistas.
Dilma Rousseff afirmou ainda que a Petrobras fez o "caminho contrário da evolução", ou seja, saiu da terra para o mar, onde começa a explorar petróleo em camadas profundas (pré-sal). "É um desafio tecnológico que poucas empresas têm", disse.