A presidente Dilma Rousseff deverá reunir em um café da manhã nesta quinta-feira (14) no Palácio do Alvorada o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e deputados da base aliada na Câmara.
Baseado em um hotel de Brasília, Lula tem ajudado informalmente o governo na articulação para conquistar votos contra a abertura do processo de impeachment de Dilma, cuja votação está prevista para este fim de semana na Câmara.
Nos dois últimos dias, partidos aliados ao governo e detentores de ministérios e postos na administração federal, como PP, PRB,PSD e PTB, anunciaram apoio ao processo de impeachment.
O café da manhã faz parte da estratégia de Dilma de buscar apoio junto à base para conseguir os votos necessários para barrar o processo de impeachment.
“O que a presidente quer é nos agradecer pelo que fizemos na comissão especial, votando contra o relatório. E, da nossa parte, que até já tivemos uma reunião com ela hoje [quarta, 13], o objetivo é mostrar que temos força na nossa base, estamos seguros de que a oposição não terá os 342 votos e estamos confiantes de que teremos mais de 200 votos [contra o impeachment]”, declarou um dos deputados convidados para o café da manhã.Segundo ela, será dado início a um processo de "repactuação para superar a crise". A presidente também afirmou que trabalhará "todos os dias" até 2018 – "fim do meu mandato", nas palavras dela.
"Trabalharei todos os dias até o fim do meu mandato, até 2018. É por esse compromisso que estamos lutando sem descanso para superar o golpe na forma de impeachment, sem crime que estão imputando ao país", declarou.
"Gostaria de dizer que tenho certeza que brasileiros e brasileiras estarão ao meu lado [...]. Vamos vencer essa batalha contra o golpe, contra o impeachment sem base legal. A partir da próxima semana, com essa página virada, vamos iniciar a repactuação das condições para superar a crise e retomar o crescimento, dando continuidade ao que estamos fazendo", acrescentou.