Dilma diz que 360 toneladas de drogas já foram apreendidas

Plano Estratégico de Fronteiras desarticulou 65 organizações criminosas

Em programa de rádio, presidente falou sobre combate ao crime organizado | Reprodução
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A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (21), durante seu programa de rádio "Café com a presidenta", que o governo avança no combate ao crime organizado por conta do Plano Estratégico de Fronteiras.

Desde que foi lançado, há 1 ano e 6 meses, as ações do Plano Estratégico de Fronteiras já desarticularam 65 organizações criminosas. Além disso, 360 toneladas de drogas, 2,2 mil armas e 280 mil munições foram apreendidas nas Operações Ágata e Sentinela. Segundo Dilma, o combate ao crime exige uma ação firme e uma presença forte do governo brasileiro nas regiões de fronteira.

"O Brasil tem uma fronteira gigantesca, de mais de 16 mil quilômetros, com dez países da América do Sul, na qual estão regiões de difícil acesso, como é o caso da maior parte da Região Amazônica de nosso país. E os criminosos escolhem as regiões mais vulneráveis da nossa fronteira para o tráfico de armas e de drogas e, também, para o contrabando", afirma a presidente.

O Plano Estratégico de Fronteiras está sendo executado em duas grandes operações: a Operação Ágata, que é liderada pelo Ministério da Defesa, mobilizando as Forças Armadas, e a Operação chamada Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, que reúne a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e também a Força Nacional de Segurança.

Na Operação Ágata, as ações são feitas de forma ostensiva, com a presença maciça de efetivos militares inibindo as atividades criminosas em um ponto determinado da fronteira. Já a Operação Sentinela tem caráter permanente, ela atua no dia a dia fiscalizando as fronteiras. "Para você ver como essas ações combinadas das Forças Armadas e das Forças de Segurança estão funcionando bem: em um ano meio, foram desarticuladas 65 organizações criminosas e prenderam mais de 20 mil pessoas", conta Dilma.

A Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira, por exemplo, já estão usando equipamentos de última geração nessas operações, como os veículos aéreos chamados Vant, que são aviões pequenos que voam sem piloto. Esse avião faz o mapeamento de regiões de difícil acesso, registrando imagens em altíssima resolução e transmitindo essas imagens para a Polícia Federal. "Mesmo à noite, o Vant consegue enxergar a ação dos criminosos sem ser percebido por eles. Com isso, os agentes identificam mercadorias suspeitas que atravessam a fronteira brasileira pelos rios, identificam garimpos ilegais e também pistas clandestinas usadas pelo tráfico", afirma a presidente.

Dilma Rousseff também falou a participação dos países vizinhos nestas operações. "Estamos unindo esforços com os dez países que fazem fronteira com o Brasil para que, juntos, possamos combater o crime organizado de forma mais eficiente. Nós fizemos vários acordos, por exemplo, com a Colômbia, com o Peru e com a Bolívia. Agora, queremos intensificar cada vez essa cooperação na área de inteligência e também fazer parcerias nas áreas de repressão ao crime", completou a presidente.

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