Um dos aliados mais próximos à presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que, apesar do clima tenso dos últimos dias no Senado, ela evitará iniciar uma "guerra" com os parlamentares ao depor na segunda-feira (29) no julgamento final do processo de impeachment.
A fonte contou que a petista tem sido aconselhada por alguns aliados para aproveitar o depoimento para reforçar a narrativa de que será alvo de um "golpe" se for afastada do comando do Palácio do Planalto sem a caracterização de um crime de responsabilidade.
O mesmo interlocutor, entretanto, ressaltou que Dilma tentará com "firmeza", mas sem ser agressiva, mostrar seu ponto de vista sobre os atrasos de pagamentos a bancos públicos, as chamadas "pedaladas fiscais". Nas palavras do aliado da petista, ela tentará demonstrar que está sendo vítima de uma injustiça.
Dilma, contou o interlocutor, ainda não concluiu o discurso que fará no Senado antes de começar a ser interrogada. Ela terá 30 minutos para fazer uma manifestação inicial, que poderá ser prorrogada a critério do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.
A previsão é que Dilma deve concluir o texto do discurso neste domingo (27). Até lá, ela vai avaliar qual é o tom que adotará no pronunciamento aos senadores.