A presidente Dilma Rousseff, durante um ato de "mulheres em defesa da democracia" no Palácio do Planalto, em Brasília, voltou a criticar o que classificou como "grampos seletivos". Em um discurso direcionado à plateia feminina, a chefe do executivo ainda pediu que o Ministério da Justiça investigue e tome medidas após vazamentos de informações sobre investigações em curso.
"Nós poderemos ter nos próximos dias muitos vazamentos oportunistas e seletivos. Eu determinei ao ministro da Justiça a rigorosa apuração de responsabilidade por vazamentos recentes, bem como tomar todas as medidas judiciais cabíveis. Passou de todos os limites a seleção muito clara de vazamento em nosso país", declarou Dilma.
Criticas da presidente ocorrem após delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez que ganhou destaque nos últimos dias. Dilma também falou sobre a reportagem da revista “Istoé” que em sua última edição, trouxe uma matéria dizendo que a presidente está à beira de um ataque de nervos.
"É muito interessante notar que em relação à pressão há duas hipóteses que eles levantam contra mim. A primeira é que eu sou autista. Autista porque eu não reajo à pressão perdendo o controle. A segunda hipótese é essa que a revista levantou: que eu reajo com descontrole. Então a mulher só tem duas hipóteses: ou ela é autista ou ela é descontrolada. Acho que é um desconhecimento imenso da capacidade da mulher resistir à pressão, às dificuldades, às dores, enfrentar os desafios", acrescentou.