A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores, recebeu, na noite desta segunda-feira (20), o apoio de artistas, intelectuais, de ONGs e entidades ligadas aos movimentos negro e LGBT de São Paulo, além de políticos de partidos aliados. O evento foi realizado no Tuca, teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista.
O ato teve início pouco antes das 20h e se encerrou por volta das 23h30, após Dilma Rousseff discursar para um auditório lotado. Do lado de fora, milhares de militantes que não conseguiram lugar no auditório acompanhavam tudo por telões. A Rua Monte Alegre teve de ser bloqueada para o trânsito.
"Esse ato coroa um momento especial de uma campanha que teve momentos extremamente tensos e diferenciados", afirmou Dilma Rousseff.
Entre os artistas ilustres, participaram do ato o diretor teatral José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, o escritor e jornalista Fernando Morais, o também escritor Raduam Nassar e a sambista e deputada estadual Leci Brandão (PC do B-SP). Um vídeo com o depoimento do cantor e compositor Chico Buarque foi muito aplaudido após ter sido exibido durante o ato.
Dilma recebeu apoio de Roberto Amaral, ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de Gilberto Maringoni, candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PSOL, do economista Luís Carlos Bresser Pereira, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, entre outros.
Lideranças petistas, como Marta Suplicy, ministra da Cultura, José Eduardo Cardoso, ministro da Justiça, o prefeito Fernando Haddad, o senador derrotado à reeleição Eduardo Suplicy, o candidato derrota ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, também marcaram presença no evento.
Depois de fazer campanha na Zona Leste de São Paulo, a presidente teve de recorrer ao helicóptero para cruzar a cidade e chegar em tempo de participar do ato com a classe artística e intelectuais. Ela chegou ao teatro por volta das 22h, acompanhada do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e de Haddad.
O discurso dela terminou por volta das 23h30.
"Esse ato coroa um momento especial de uma campanha que teve momentos extremamente tensos e diferenciados. Mas agora ao se encaminhar para a fase final ela colocou mais clareza no cenário [eleitoral]. O cenário estava um pouco cheio de nuvens. Mas agora é muito claro o que está em questão", declarou, sobre o que classificou de dois projetos de governo que estão em disputa no segundo turno.
Antes dela, Lula afirmou que nunca bateram tanto em um presidente quanto "bateram na Dilma". Para o ex-presidente, o "neto do Tancredo", a forma com a qual ele se referiu ao candidato do PSDB, Aécio Neves, é um dos propagadores do ódio contra o PT e a Dilma. "Esse rapaz deve ter um problema que eu não vou explicar qual é, porque eu não sei. Eu jamais teria a coragem de chamar, não é de uma mulher, não, mas na frente de um homem que ocupasse a presidência, jamais teria petulância de chamá-la de leviana ou mentirosa", completou.
Segundo Lula, depois de várias alterações nas pesquisas à presidência desde o início do ano, a "disputa final vai ser entre a estrela do PT e o bico tucano neste país". "É a disputa que está em jogo. Mais do que uma disputa entre uma mulher e um homem, entre dois candidatos, é uma disputa entre dois projetos, que vocês sabem a diferença", disse.
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