Lançado ontem, o plano de erradicação da pobreza extrema do governo federal promete reciclar, fortalecer e redirecionar políticas sociais já criadas para tentar, até 2014, tirar 16,2 milhões de pessoas da miséria.
O plano, chamado de Brasil sem Miséria, é considerado a mais importante aposta da gestão da presidente Dilma Rousseff. No Planalto, é comparado ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado no segundo mandato da gestão Lula.
O governo disse apenas que, sozinha, a União deve desembolsar cerca de R$ 20 bilhões anuais, afora contribuições financeiras de Estados e cidades.
O plano articula dezenas de ações que serão gerenciadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social, mas perpassarão outras pastas, como Desenvolvimento Agrário, Saúde e Educação.
Alguns dos atos começam imediatamente; outros, daqui a alguns meses, disse a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
O plano se divide em três eixos. O primeiro deles é garantia de renda aos extremamente pobres. Para isso, o governo resolveu ampliar o Bolsa Família, criado pela gestão Lula em 2003. Até 2013 quer colocar mais 800 mil famílias no programa -hoje com 12 milhões. Também será implementado o Bolsa Verde, programa de preservação de áreas verdes que o governo chegou a "lançar" em 2009. Minas tem programa parecido.
O segundo eixo, "inclusão produtiva", visa aumentar oportunidades de ocupação. O terceiro é melhorar a oferta de serviços. O governo quer redirecionar e ampliar políticas públicas já existentes de saúde e de educação para as áreas que concentram os extremamente pobres, como o Nordeste.