A presidente Dilma Rousseff pretende cortar dez dos 39 ministérios com a reforma administrativa. Mas as mudanças só serão anunciadas após a presidente se reunir com os líderes da base aliada. Está previsto que o anúncio acontecerá até a próxima quarta-feira (23).
O assunto foi tratado pela manhã na reunião de coordenação política, com a presença da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, de ministros e líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso Nacional.
Além do corte de ministérios, a reforma administrativa fará também cortes em estruturas internas de órgãos, ministérios e autarquias, redução de cargos comissionados, a venda de imóveis da União e a regularização de terrenos.
Dilma Roussef enviará ainda durante a semana parao o Congresso Nacional as medidas do pacote fiscal e a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A proposta do governo é que o imposto tenha alíquota de 0,20% e duração de quatro anos com o objetivo de financiar o déficit da Previdência Social.
A análise de vetos presidenciais que estão na agenda do Congresso Nacional para esta semana e têm impacto no equilíbrio das contas públicas também foi tema da reunião de coordenação política. A orientação é que a equipe de governo converse com os parlamentares sobre a importância da manutenção dos vetos.
Na lista, estão vetos do Planalto que evitam a criação de despesas aprovadas pelos parlamentares, como o projeto de lei que reajusta os salários dos servidores do Judiciário e matérias que vinculam os benefícios dos aposentados ao reajuste do salário mínimo e flexibilizam o fator previdenciário no cálculo de aposentadoria.