Nesta quarta-feira (26), a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, atual presidente do Banco dos Brics, tem um encontro marcado no Kremlin com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A visita acontecerá na qualidade de chefe do bloco diplomático que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Essa reunião antecede a cúpula Rússia-África dos Brics, prevista para o mês de agosto.
Após a África do Sul confirmar, na quarta-feira (19), que o presidente Vladimir Putin não participaria da cúpula, em acordo mútuo, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, atual presidente do Banco dos Brics, teve um encontro com Sergey Lavrov, chanceler russo, designado como representante de Putin. Esse encontro aconteceu na sede do banco em Xangai, na China, em maio. Durante a reunião, Dilma Rousseff assegurou que a instituição cumpriria todas as suas obrigações com "todos os membros fundadores, incluindo a Rússia". Agora, ela se prepara para se reunir com o próprio presidente Putin, nesta quarta-feira (26), no Kremlin, em mais uma importante etapa das atividades diplomáticas do bloco Brics.
Em março deste ano, Dilma Rousseff assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) após obter aprovação unânime dos integrantes do banco, sendo indicada por Lula (PT). Sua visita ao presidente russo, Vladimir Putin, é uma ação independente do governo brasileiro, pois, na posição de representante dos Brics, uma das principais responsabilidades é fortalecer as transações e laços entre os membros do bloco.
Após a invasão do território ucraniano, a Rússia enfrentou uma série de sanções internacionais que impactaram significativamente suas relações com outros países. No entanto, graças às suas relações diplomáticas e econômicas estabelecidas com nações da Ásia e com os membros do bloco Brics, o país tem conseguido se manter sustentável durante esse período desafiador. As parcerias com esses países têm desempenhado um papel crucial na mitigação dos efeitos das sanções e na garantia de apoio mútuo em meio às pressões econômicas e políticas. Essa abordagem tem permitido que a Rússia continue a operar nos mercados internacionais e a preservar suas interações comerciais e diplomáticas.