O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que a presidente Dilma Rousseff vai se recuperar da perda de popularidade e intenção de voto nas pesquisas e tem chances reais de vencer no primeiro turno a eleição presidencial de 2014, quando vai disputar a reeleição.
"Ela não só vai se recuperar como nós vamos vencer a eleição", afirmou, acrescentando que "temos chances de vencer no primeiro turno".
Cotado para assumir a Casa Civil numa reforma ministerial e já escalado como um dos coordenadores da campanha de Dilma à reeleição, Mercadante lembrou que o PT só venceu as eleições anteriores no segundo turno.
"Temos de nos preparar para o segundo [turno] e trabalhar para ganhar no primeiro", afirmou, adiantando que conta com o trabalho do marqueteiro João Santana, "um grande estrategista".
O ministro da Educação, como outros integrantes do governo, relativiza a queda recente da presidente --27 pontos a menos na popularidade, segundo o Datafolha--, atribuindo-a a um "problema político-psicológico circunstancial", que não terá "impacto duradouro" e também atingiu outros governantes.
Ele afirma que não teme a possibilidade de surgimento de uma nova candidatura, como a do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. "Acho absolutamente democrático que qualquer um que ache ter condição dispute a eleição."
Mas o ministro não vê espaço agora para o aparecimento de uma terceira via em 2014. "Hoje não vejo ainda nenhuma candidatura fora dessa alternância de poder [entre PT e PSDB] com chances reais de construir uma aliança e se viabilizar eleitoralmente."
Para ele, os tucanos continuam sendo o principal adversário que a presidente Dilma enfrentará na eleição. "Se me perguntar hoje, a candidatura mais estruturada ainda é a do PSDB", disse.
CANDIDATURA DO PSB
Sobre a hipótese de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deixar a base do governo Dilma para se candidatar à Presidência, Mercadante afirma ser "legítimo e democrático" que, se ele quiser, dispute a eleição contra Dilma.
Fez questão de destacar, porém, que muitas realizações do governador de Pernambuco foram obtidas com a ajuda do governo federal no período Lula e Dilma. E afirmou ainda ter expectativa de que ele fique na aliança petista. "Ele será sempre muito bem recebido no nosso campo de alianças."
Mercadante, que já foi vice de Lula numa campanha presidencial, comenta a hipótese de volta do ex-presidente dizendo, primeiro, que ele "pode ser candidato a qualquer coisa depois de tudo que ele fez pelo país".
Acrescenta, porém, que o "candidato de Lula é Dilma" e que "ali é uma coisa só" e "o povo vê os dois como uma coisa só, uma instituição só".
Diante da insistência sobre a hipótese de Lula ser candidato caso a presidente Dilma não se recupere nas pesquisas, Mercadante diz que "a candidata é Dilma e terá o apoio incondicional do presidente Lula".