Dilma se reúne com líderes dos Brics antes de encontro do G20

G20 pretende tratar sobre geração de emprego nos países mais afetados

Presidente Dilma Rousseff com chefes de Estado dos Brics, grupo formado por países emergentes | Roberto Stuckert Filho / Presidência
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A presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta segunda-feira (18), em Los Cabos, no México, com os chefes de Estado dos Brics, grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ainda nesta sexta, Dilma participa do encontro de cúpula do G20, integrado pelos emergentes e por países desenvolvidos.

O encontro do G20 vai discutir a crise econômica que atinge com mais gravidade os países europeus. Os líderes deve abordar, segundo a Presidência, medidas de estímulo ao crescimento e à geração de emprego.

Eleição na Grécia

A reunião de cúpula é decisiva para tentar unir forças ante o quebra-cabeças do euro e a desaceleração do crescimento mundial. Os chefes de Estado e de Governo, no entanto, chegaram um pouco mais aliviados ao balneário mexicano de Los Cabos depois do resultado das eleições gregas, que deram uma vitória apertada ao partido conservador de Nova Democracia, adepto de permanecer na zona euro.

Mas os países europeus, a começar pela Alemanha, serão postos sob pressão por seus principais parceiros, Estados Unidos e países emergentes.

"Todas as partes estão convencidas de que a Europa é capaz de resolver suas crises de dívidas soberanas", afirmou na semana passada Liu Weimin, porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores.

Situação no mundo

Mas por trás dessas declarações tranquilizadoras, autoridades americanas e chinesas estão preocupadas com as consequências da prolongada crise da dívida na Europa no crescimento mundial, cuja desaceleração se confirma.

A China se viu forçada a reduzir sua taxa de juros de referência, pela primeira vez desde 2008, para estimular a atividade. No Brasil e na Índia, o crescimento diminuiu o ritmo significativamente no primeiro trimestre do ano.

Nos Estados Unidos, que se recuperavam de sua crise financeira e econômica, começam a surgir sinais de fragilidade, o que pesa sobre a campanha de reeleição do presidente Barack Obama.

Com isso, os olhares se voltam para a Europa, acusada de alimentar o desânimo ao deixar que se agrave a crise, iniciada em 2009 na Grécia e que em seguida contagiou Irlanda, Portugal e, mais recentemente, a Espanha, que aceitou uma ajuda para seus bancos de até 100 bilhões de euros que, no entanto, não conseguiu acalmar os mercados.

A zona do euro tem "três meses" para convencer seus sócios comerciais, advertiu nesta semana a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde.

Para cumprir esse objetivo, os líderes europeus deverão aproveitar a reunião do G20 em Los Cabos - balneário mexicano no extremo sul da península da Baixa Califórnia -, antes que seja realizada, no fim do mês, uma esperada cúpula europeia.

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