Por decisão da presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Orlando Silva, não será interlocutor do governo nas negociações da Copa do Mundo de 2014 e na tramitação da Lei Geral do Mundial no Congresso. A partir de agora, as decisões relativas ao evento ficarão centralizadas no Palácio do Planalto, nas mãos da presidente e da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A decisão foi tomada diante do desgaste do ministro com a denúncia de que estaria envolvido num esquema de corrupção na pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Embora o futuro de Orlando ainda esteja indefinido e vá depender do desenrolar das acusações, o certo é que ele já perdeu poder. Na prática, o ministro passará a ser informado das providências a serem tomadas no Planalto. Dilma não está satisfeita com o trabalho de Orlando. Na segunda-feira, ainda na África do Sul, ela ficou irritada com o que leu na imprensa e chegou a telefonar para um auxiliar a fim de saber quem disse que ela aprovava o trabalho do ministro. A presidente, na realidade, afirmou apenas que considerava suficientes as primeiras explicações dadas por ele em relação às denúncias. Logo que assumiu o mandato, em janeiro, Dilma cogitava cuidar da realização da Copa por considerar Orlando muito próximo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na prática, segundo o jornal, a presidente nunca quis proximidade com a CBF por avaliar que a entidade exige privilégios que ela não pretende conceder.