A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta terça-feira, ao participar de evento em Belo Horizonte, que o nível de endividamento das famílias brasileiras ainda é pequeno e disse ser equivocada a ideia de que o consumo não deve aumentar neste momento.
"Não concordo com a história de que não é preciso estimular o consumo. Essa é uma característica intrínseca do nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social", disse a presidente durante discurso na capital mineira em que anunciou investimentos em parceria com o governo estadual e a Prefeitura de Belo Horizonte. "Estranho seria se o modelo que pretende levar 16 milhões de brasileiros e brasileiras [número estimado dos que vivem no país abaixo da linha oficial de extrema pobreza] a ter um padrão mínimo de renda não quisesse ampliação do consumo."
Segundo Dilma, o consumo ainda é "extremamente" reprimido, especialmente entre as classes de menor renda. "É uma visão absolutamente equivocada achar que quem tem melhoria de renda não quer comprar televisão, geladeira e máquina de lavar."
Na avalição da presidente, a ampliação dos gastos dos brasileiros não representa um problema neste momento. "O Brasil comporta isso; não temos um nível elevado de endividamento das famílias, é só ver os padrões internacionais."