A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta quarta-feira uma reforma política por meio de consulta popular como "essencial" ao país e reconheceu o fracasso da tentativa de aprovar a iniciativa no ano passado, após os protestos de junho.
"Nós enviamos... ao Congresso Nacional a proposta de uma reforma política por meio de uma consulta popular. Não foi só o governo, mas várias entidades, partidos políticos. E nós tivemos um efetivo insucesso", disse Dilma durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília.
Ao avaliar os cinco pactos propostos pelo governo no ano passado, a reboque das manifestações populares de junho, a presidente disse ser preciso atualizar o sistema político brasileiro à realidade econômica e social do país.
Dilma ressaltou ainda a necessidade de engajamento de todos, principalmente da sociedade civil.
"O governo manda a proposta, o governo, em muitos momentos, não tem correlação de forças para aprová-las. Para se ter correlação de forças para aprovar, é obvio que a sociedade, nas suas diferentes instâncias, tem que se manifestar", disse a presidente durante reunião do chamado Conselhão.
As manifestações que tomaram ruas de cidades por todo o país no ano passado reivindicaram melhoria nos serviços, especialmente saúde e educação, combate à corrupção, entre outras demandas.
Dilma também falou sobre os pactos para mobilidade urbana, saúde e educação, e fez uma avaliação positiva do que pacto de estabilidade fiscal.
"Nós conseguimos também uma série de avanços no sentido de reforçar a robustez fiscal e o combate à inflação", disse.