Em entrevista ao jornal O GLOBO, publicada neste domingo (23), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, falou sobre as investigações em torno da agressão ao filho do Ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma. De acordo com Dino, os suspeitos envolvidos na agressão podem ser enquadrados no crime de atentar contra o Estado Democrático de Direito.
O ministro destacou a necessidade de prosseguir com a apuração do caso e considerou que existe a possibilidade de a agressão estar relacionada com o cargo de Alexandre de Moraes.
“Tem que continuar a apuração, é algo abstratamente possível. Pode ter essa possibilidade da relação com a função”, falou.
Questionado sobre as medidas adotadas na investigação, o Ministro da Justiça declarou que não vê excessos no pedido de busca e apreensão realizado pela Polícia Federal. “Eu tenho convicção absoluta de que a Polícia Federal acertou ao pedir a medida e, claro, o Poder Judiciário ao deferir”, disse.
Dino argumentou que minimizar os riscos enfrentados pela democracia ou considerar que eles já foram superados seria um equívoco, tendo em vista que a preservação da democracia requer diligência e atuação rigorosa diante de ameaças à sua integridade.
“Essa ideia é minimizadora dos riscos que a democracia sofre ou erradamente pode pensar que os riscos já foram superados. Não foram”, contou.
O caso envolve acusações contra o empresário Roberto Mantovani Filho, a quem é atribuído ter agredido Alexandre Barci de Moraes, filho do Ministro Alexandre de Moraes, com um tapa. Além disso, outras acusações de calúnia, injúria, desacato e perseguição recaem sobre a esposa de Moraes, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta. Os acusados dos ataques negam os atos.