O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, completa um mês no cargo nesta sexta-feira (22), adentrando uma nova fase de sua trajetória marcada pela transição do cenário político para o judiciário. Após dezoito anos dedicados à política, Dino tem enfrentado o desafio de se adaptar ao novo papel, buscando uma atuação mais acadêmica e analítica, especialmente nas redes sociais, enquanto se esforça para evitar os holofotes.
Embora tenha tentado manter um perfil discreto, recentemente, Dino respondeu a declarações do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sobre a Polícia Federal (PF), retomando uma postura mais assertiva. Contudo, sua estreia tem sido menos conturbada do que a de outros colegas, como Cristiano Zanin, evitando votos considerados conservadores e pautas mais polêmicas.
Até o momento, Dino já proferiu 357 decisões e participou de oito sessões no plenário do Supremo, herdando 364 processos e tornando-se relator de 992. Entre esses casos, destacam-se recursos importantes, como o apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além de seu desempenho jurídico, relatos indicam que Dino tem mantido uma relação cordial com seus colegas, mostrando-se próximo de Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Embora sua rotina tenha mudado, o ministro conserva elementos pessoais em seu ambiente de trabalho, como um crucifixo pendurado na estante e imagens de santos católicos em seu gabinete.
Com uma carreira consolidada na política e agora no judiciário, aos 55 anos, Flávio Dino assume um papel de destaque no STF, prometendo uma atuação pautada pela ética e pela dedicação ao Estado de Direito até sua aposentadoria em 2043.
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