A possível indicação do ministro da Justiça (MJSP), Flávio Dino (PSB-MA), para o Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeou uma intensa disputa pela vaga em seu ministério, mesmo antes da confirmação oficial da indicação. Dentro e fora da Esplanada dos Ministérios, diversos postulantes ao cargo já se movimentam, com aliados do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) destacando a disposição de nomear uma mulher para essa posição, algo inédito na história do MJSP.
No âmbito do governo, a corrida pelo cargo se desenvolve no time de Dino, com candidatos como o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho; o secretário executivo da pasta, Ricardo Cappelli; e o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous. Apesar das negativas públicas sobre a existência de uma competição, informações de bastidores indicam que a disputa está em andamento.
Os defensores de Botelho destacam sua vasta experiência jurídica, contrastando com Cappelli, que não possui formação nesse campo. Além disso, ressaltam a retórica de Botelho e expressam preocupação com uma eventual nomeação de um jornalista para o comando da Justiça, sugerindo uma opção por Cappelli.
Já os apoiadores de Cappelli enfatizam sua especialização em administração pública e sua atuação como interventor no Distrito Federal, papel para o qual foi nomeado por recomendação de Flávio Dino após os incidentes de janeiro. O secretário executivo atualmente ocupa um cargo de confiança e é visto como um homem próximo ao governador.
A competição também extrapolou os limites do Ministério da Justiça, com outros ministros na Esplanada sendo considerados para a vaga de Dino no caso de sua ida para o STF. Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; Vinicius Carvalho, da CGU; e Jorge Messias, da AGU, são citados, sendo este último reticente quanto à ideia de suceder Dino.
Embora Lula manifeste a disposição de nomear uma mulher para a Justiça, cogita-se que a AGU pode apresentar mais opções femininas, como a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Almeida, e a assessora especial de diversidade e inclusão da AGU, Cláudia Trindade.
A disputa pela vaga também é vista como um dos motivos para a saída de Silvio Almeida de um grupo de WhatsApp de advogados apoiadores de Lula. A especulação sobre uma possível indicação do coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, também é mencionada.
Embora Flávio Dino seja apontado como favorito, há um grupo no PT que insiste na opção de Jorge Messias para o STF, considerando-o mais alinhado com o partido.
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