O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou neste sábado, através de mensagem postada na plataforma Truth Social, que deve ser "preso" na próxima terça-feira. O ex-chefe de Estado, que poderia ser alvo de uma acusação de suborno pago a uma atriz pornô antes das eleições de 2016, também clamou por protestos. As informações são do O Globo.
Referindo-se a um suposto "vazamento" do escritório do procurador do estado de Nova York , Alvin Bragg, a quem acusou de "corrupto", Trump, que espera concorrer à Casa Branca novamente em 2024, escreveu em letras maiúsculas: "O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos Estados da América será preso na terça-feira da próxima semana. Proteste, recupere nossa nação!"
Trump fez nesta sexta-feira seu primeiro post no Facebook desde o fim da suspensão de sua conta, no início de fevereiro. Além disso, após dois anos sem poder publicar vídeos no YouTube, o perfil do ex-presidente americano na rede também foi reativado. A primeira publicação de Trump na rede trata-se de um vídeo da noite de sua vitória sobre a candidata democrata Hillary Clinton, em 2016. Ao final, surge um anúncio de sua campanha à Presidência em 2024.
O YouTube suspendeu Trump dias depois que uma multidão de apoiadores do ex-presidente atacou o Capitólio em Washington, em 6 de janeiro de 2021, para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden. Ele foi suspenso por postar conteúdo que a plataforma disse ter incitado os distúrbios. Depois, foi informado que poderia voltar quando "o risco de violência diminuir".
Trump alegou por semanas que a eleição presidencial foi roubada e foi acusado de instigar os distúrbios. "A partir de hoje, o canal de Donald J. Trump não está mais restrito e pode publicar novos conteúdos", disse o YouTube em um comunicado nesta sexta-feira.
Outras plataformas já restauraram as contas de Trump após suspendê-las pelos mesmos motivos do YouTube. A gigante Meta anunciou em janeiro que restauraria as contas do ex-presidente no Facebook e no Instagram com "novas medidas de segurança". Um mês depois, as contas de Trump nas redes voltaram a aparecer. Ele, no entanto, só voltou a publicar no Facebook nesta sexta.
Sua conta no Twitter, que tem 87 milhões de seguidores, também foi bloqueada depois dos distúrbios. Trump criou então a plataforma Truth Social, onde menos de cinco milhões de pessoas o seguem. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), que apresentou mais de 400 ações legais contra Trump, aplaudiu a decisão da Meta.