Nesta quinta-feira (30), o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revelou para seus aliados que pode renunciar seu cargo de presidente se o Palácio do Planalto conseguir se juntar com PSDB e DEM para discutir um nome a favor de todos para sucedê-lo na Câmara.
O deputado que está afastado do seu mandato e do cargo por conta de uma ação no Supremo Tribunal Federal desde o dia 5 de maio, comentou sua opinião ao presidente interino Michel Temer em um encontro que teve com ele no último domingo (26).
Após o encontro, o presidente interino se mobilizou pessoalmente para fazer valer o pedido de Cunha e coordenou alguns de seus principais ministros para a tarefa de convencer o bloco liderado por tucanos a não se opor a um acordo com os aliados do deputado.
Com essa articulação, líderes do PSDB, DEM, PSB E PPS passaram os últimos dias reunidos para tentar fechar um nome único.
Dessas conversas de cúpula emergiu a proposta de uma trégua em torno do nome que será lançado agora para substituir Cunha desde que, em 2017, o PMDB partido de Temer e do deputado afastado apoie o candidato lançado por esse grupo de legendas para o cargo.