'Ele queria matar Alexandre de Moraes', diz ex-mulher de autor do atentado

Homem que detonou explosivos participou de acampamentos golpistas em Santa Catarina após a derrota de Jair Bolsonaro

Francisco Wanderlei Luiz, autor do atentado à bomba na Praça dos Três Poderes | Reproduçao
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A Polícia Federal encontrou a ex-mulher de Francisco Wanderlei Luizautor do atentado à bomba na Praça dos Três Poderes, no interior de Santa Catarina. Em conversa inicial com os agentes, ela afirmou que Francisco planejava matar o ministro Alexandre de Moraes e todos os presentes durante o ataque. A mulher está sendo encaminhada para prestar depoimento formal e detalhar as declarações que fez aos policiais.

Daiane, a ex-companheira, revelou que Francisco realizava buscas no Google para planejar o atentado. Segundo ela, ele compartilhava esses registros, demonstrando uma preparação meticulosa para o ato violento executado na última quarta-feira. A Polícia Federal está apurando essas informações e mapeando os possíveis passos de Francisco antes do ataque.

Vídeo mostra momento em que homem detona explosivos em frente ao STF

INTEGRAVA GRUPO RADICAL

O autor do atentado fazia parte de grupos radicais, e a Polícia Federal investiga seus vínculos com outras pessoas. Daiane relatou aos policiais que questionou Francisco sobre a intenção de seguir com o plano, ao que ele teria respondido de forma afirmativa. Essas evidências fazem parte de um esforço maior da PF para rastrear redes de apoio a ações violentas.

Francisco, ex-candidato a vereador pelo PL de Santa Catarina em 2020, tinha histórico de ameaças online direcionadas a ministros do STF, políticos e outras figuras públicas. Informes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) indicam que ele fazia publicações frequentes com esse teor em redes sociais, o que também está sendo analisado pela PF.

EVENTOS DE VANDALISMO

No Distrito Federal, a PF encontrou mensagens escritas no espelho da casa que Francisco ocupava, incluindo referências a eventos anteriores de vandalismo. Uma das mensagens era dirigida a Debora Rodrigues, presa por vandalizar a Estátua da Justiça. Para a PF, as inscrições de Francisco refletem intenções de ataques violentos e a influência de atos extremistas anteriores.

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