Nesta sexta-feira (4), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, abordou a questão da desinformação como um fenômeno que influencia o voto nas eleições brasileiras, referindo-se a isso como um “cabresto digital”. A declaração foi feita durante a abertura de um encontro com convidados internacionais, a apenas dois dias do primeiro turno das eleições legislativas. Segundo a ministra, isso referia-se às práticas do passado, onde a manipulação da informação visava limitar a liberdade de escolha dos cidadãos.
impacto das ferramentas de IA
Cármen Lúcia destacou o impacto das ferramentas de inteligência artificial (IA) na formação da opinião pública, afirmando que essas tecnologias podem confundir o cérebro humano, dificultando a capacidade de fazer escolhas livres. “Com a inteligência artificial, acresceu-se a verossimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano”, afirmou, enfatizando que um cérebro confuso não consegue julgar com clareza e liberdade.
A embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia, elogiou a afirmação de Cármen sobre a necessidade de um “cérebro livre” e expressou seu desejo de estampá-la em camisetas. O evento também contou com a presença dos embaixadores do Uruguai e do Chile, Guillermo Valles e Sebastián Depolo, que se juntaram ao debate sobre a influência da desinformação nas democracias contemporâneas.
Em sua fala, a presidente do TSE alertou sobre uma tentativa de captura da defesa da liberdade de expressão, enfatizando que a regulação da informação não deve ser confundida com censura. “Essas máquinas vêm tentando capturar a liberdade de expressão, afirmando que qualquer regulação seria uma forma de censurar a liberdade de expressão. Isso também é mentira, é fake news”, concluiu Cármen, destacando a importância de combater a desinformação em um momento crucial para a democracia brasileira.
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