Quase 100 candidatos morreram durante a campanha eleitoral de 2024, registra TSE

Entre os candidatos que faleceram, dois disputavam o cargo de prefeito, seis concorriam a vice-prefeito e 91 eram candidatos a vereador.

Prefeito de João Dias morreu em 27 de agosto | Foto: Divulgação
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De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pelo menos 99 candidatos morreram durante a campanha para as eleições municipais de 2024. Esses números referem-se às candidaturas já julgadas pela corte, mas ainda podem aumentar, já que cerca de mil candidaturas estão pendentes de julgamento. 

Os estados com o maior número de mortes durante a campanha foram São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sendo o MDB o partido mais impactado por esses casos. 

91 ERAM CANDIDATOS A VEREADOR

Entre os candidatos que faleceram, dois disputavam o cargo de prefeito, seis concorriam a vice-prefeito e 91 eram candidatos a vereador. No dia 27 de agosto, o prefeito de João Dias (RN), Marcelo Oliveira, foi vítima de um atentado a tiros. Seu pai, Sandi Alves de Oliveira, que também estava presente, morreu no local após ser baleado na cabeça. O prefeito chegou a ser socorrido, mas teve sua morte confirmada horas depois no hospital. Marcelo Oliveira, filiado ao União Brasil, estava em campanha pela reeleição.

PRESIDENTE DO PARTIDO LAMENTOU MORTE

O presidente nacional do partido, Antônio Rueda, lamentou o assassinato e expressou a esperança de que os responsáveis sejam "punidos exemplarmente". A viúva do prefeito, Maria de Fátima Mesquita da Silva, conhecida como Fatinha de Marcelo, foi escolhida para concorrer à prefeitura de João Dias. A administração do município foi assumida pelo irmão do prefeito falecido, Jessé Oliveira (União Brasil), que é presidente da Câmara Municipal. Ele deverá permanecer no cargo até o final do ano.

OUTRO CASO

Outro caso de violência envolvendo candidatos a prefeito ocorreu em Itatinga, no interior de São Paulo. Lukas Machado, vereador e candidato ao Executivo municipal, foi encontrado morto por familiares em sua residência. Filiado ao Podemos, ele concorria ao cargo de prefeito e estava em seu segundo mandato como vereador, sendo o mais jovem a ocupar essa função na cidade.

Segundo a Polícia Civil, não havia sinais de violência no corpo, mas foram encontrados vestígios de drogas no local. Um homem foi preso sob suspeita de envolvimento na morte. Aline Santiago (PSD), que era vice na chapa de Machado, foi lançada como candidata a prefeita pela coligação.

PARTIDOS PODEM SUBSTITUIR CANDIDATOS FALECIDOS

Conforme a resolução do TSE, os partidos podem substituir candidatos que falecerem ou tiverem o registro cancelado, mesmo após o prazo final para apresentação de candidaturas, que este ano foi em 15 de agosto. O pedido de substituição deve ser feito em até 10 dias, e, em casos de falecimento, a troca pode ser realizada até 20 dias antes da eleição.

Cidades como Cristalina (GO), Fortaleza (CE) e Tremembé (SP) registraram mais de uma morte durante a campanha. Em Cristalina, o candidato Alex Montanha (Republicanos) foi encontrado morto em uma rodovia, suspeito de atropelamento, e Gabriel Lopes (PL) faleceu devido a complicações de pneumonia. Em Tremembé, Donizetti Mala (PRD) e Elienai Carneiro (PSD) também faleceram. Já em Fortaleza, os candidatos a vereador Felipe Pinheiro (PDT) e Professor Perazo (União) estão entre os falecidos.

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