Camilo Santana, do PT, foi reeleito neste domingo (7) governador do Ceará para os próximos quatro anos. Com 75% dos votos válidos apurados por volta das 19h56, o petista tinha 2.533.320 milhões de votos, o que correspondia a 77,87% dos votos válidos, contra 12,59% de General Theophilo (PSDB).
A reeleição leva o petista ao segundo mandato como governador do estado. Camilo Sobreira de Santana é natural do Crato, uma das três principais cidades do Sul do Ceará. Ele nasceu em 3 de junho de 1968, filho de Eudoro e Ermengarda Santana. É casado com Onélia Leite e tem dois filhos, Pedro e Luiza. Ele tem como vice a professora Izolda Cela (PDT).
Camilo é engenheiro agrônomo e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Iniciou a vida pública como servidor público federal do Ibama e foi superintendente adjunto do órgão no Ceará em 2003 e 2004.
Em 2006, Camilo participou da campanha que ajudou Cid Gomes a chegar ao Governo do Ceará. Já no ano seguinte, no início da nova gestão, em 2007, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, permanecendo como titular por três anos.
O petista decidiu tentar uma vaga no Legislativo Estadual em 2010 e obteve sucesso pela primeira vez em uma corrida eleitoral. Foi o deputado estadual mais votado do Ceará, recebendo 131.171 votos no Estado. Já no segundo mandado de Cid Gomes como governador, em 2011, Santana assumiu a secretaria estadual das Cidades.
A campanha de Camilo
Uma das principais polêmicas de sua campanha foi a aliança firmada com o senador Eunício Oliveira (MDB) já que ambos eram adversários na disputa ao governo do Estado, em 2014. Questionado pela oposição, Santana afirmou que essa aproximação ocorreu graças ao posto de presidente do Senado Federal, assumido pelo emedebista, em fevereiro de 2017.
Investimento em segurança foi um dos principais temas da campanha de Camilo. Para o governador, a violência é um problema nacional e o crime ultrapassou as fronteiras dos estados. Santana afirma ainda que não existe um plano nacional efetivo para enfrentar o problema.
Ele citou, no decorrer da campanha, a contratação de 9 mil agentes para a Segurança
Pública nos últimos três anos, além de investimento no programa Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (RAIO) nos municípios com mais de 50 mil habitantes. A ideia, no novo Governo, é ampliar para as cidades com 30 mil moradores.