WANDERLEY PREITE SOBRINHO, LEONARDO MARTINS E PATRICIA PAMPLONA
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
Os candidatos Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) vão disputar o segundo turno para o governo do Mato Grosso do Sul após uma corrida apertada.
A campanha do primeiro turno foi marcada por problemas na divulgação das pesquisas do Ipec (ex-Ibope), que teve dois levantamentos suspensos pela Justiça do Mato Grosso do Sul. O primeiro, de 31 de agosto, se deveu à falta da documentação com as delimitações dos bairros abrangidos pela coleta de dados.
Já a outra suspensão ocorreu no dia 17 de setembro, a pedido da coligação de Riedel, que alegou que o levantamento não cumpriu os requisitos em relação ao número de eleitores ouvidos nos setores pesquisados.
Outra organização que teve seu levantamento suspenso foi o Instituto Ranking Brasil, cujo estatístico responsável é investigado pelo Ministério Público Federal por fraudes em pesquisas de intenções de voto.
QUEM É CAPITÃO CONTAR
Renan Barbosa Contar, conhecido como Capitão Contar, foi eleito deputado estadual em 2018 sendo o mais votado, com 78.390 votos.
Ele foi o candidato escolhido para ter o apoio direto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que anunciou o movimento durante o último debate da TV Globo. A escolha de Bolsonaro causou estresse na aliança PL e PP, que apoiam oficialmente o tucano Eduardo Riedel.
A disputa pela aliança com os presidenciáveis no Mato Grosso do Sul girou em torno de Jair Bolsonaro (PL), que liderou as pesquisas no estado. Tanto que Riedel tentou colar nele sua imagem, o que foi questionado por parte dos eleitores, que viam Capitão Contar (PRTB) como o real candidato bolsonarista.
Já aqueles que apoiaram Lula tiveram desempenho fraco, enquanto Puccinelli endossou a candidata de seu partido, Simone Tebet (MDB) - que é do Mato Grosso do Sul.
QUEM É EDUARDO RIEDEL
O carioca Riedel, 53, apesar de ter começado como um nome desconhecido, contou com o apoio do atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), de quem foi secretário de Infraestrutura. Além disso, a coligação com seis partidos garantiu maior tempo de TV.
A maior parte de sua carreira, porém, foi no setor privado, com passagem pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, como vice-presidente e diretor. O tucano, inclusive, já foi nomeado uma das cem personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro, importante setor no Mato Grosso do Sul.