DANIELLE BRANT E MARIANA ZYLBERKAN
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, que é o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, atacou o que chamou de "polarização odienta" protagonizada por seus dois principais rivais na disputa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), durante sabatina nesta terça-feira (23) ao Jornal Nacional.
Ciro Gomes participou de sabatina no Jornal Nacional Foto: Marcos Serra Lima/g1)
O ex-ministro afirmou que defende governar utilizando plebiscitos, para driblar a "crise eterna" gerada pela aliança dos governos com o Centrão. Ciro também propôs criar uma "lei antiganância".
O candidato disse que vai procurar se inspirar nos modelos que dão certo ao redor do mundo.
"Olhando mais para a Europa e para os Estados Unidos do que para a Venezuela. Acho o regime da Venezuela abominável. É muito claro que repudio o populismo latino-americano. Acho lamentável. [O plebiscito] é uma tentativa de libertar o Brasil de uma crise que corrompeu organicamente a Presidência da República", afirmou.
Ciro Gomes foi questionado sobre o impacto real de sua promessa de “abrir mão da reeleição” como forma de facilitar a negociação com o Legislativo.
Segundo o candidato do PDT, a perspectiva de reeleição é um dos motores da corrupção e do “toma lá, dá cá” na política nacional.
“O que destruiu a governança política brasileira, nesse modelo que eu estou lhe falando, é a reeleição. O presidente se coloca infenso, com medo dos conflitos, porque quer agradar todo mundo para fazer a reeleição. O presidente se vende a esses grupos picaretas da política brasileira -- desculpe a expressão, eu tenho que a pedido da Renata trocar um pouco as expressões. Mas esses grupos de pouco escrúpulo republicano – eu também tenho essas expressões. Porque têm medo de CPI e porque querem se reeleger”, declarou Ciro.
Ciro foi o segundo entrevistado pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. Na segunda-feira (22), o Jornal Nacional sabatinou Jair Bolsonaro,