O candidato a governador Gustavo Henrique (Patriotas) participou de sabatina realizada nesta quarta-feira, 21, no programa Banca de Sapateiros na TV Jornal Meio Norte. A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Arimatea Carvalho e Francy Teixeira.
Na programação de sabatinas já foram entrevistados Madalena Nunes (PSOL), Geraldo Carvalho (PSTU), Ravenna Castro (PMN), Gessy Lima (PSC) e Coronel Diego (PL). Nesta quinta-feira, 22, a sabatina será com Lourdes Melo (PCO) e na sexta-feira, 23, está na agenda Sílvio Mendes (União Brasil) e Rafael Fonteles (PT), no dia 26.
Na sabatina, Gustavo Henrique falou sobre a desistência e declaração de apoio de Don Lotti ao candidato ao Senado do ex-prefeito de Teresina, do ministro da Casa Civil e do presidente Bolsonaro, no caso Joel Rodrigues. "Tentei conversar com ele e num primeiro momento achei que fosse fake news, por não acreditar em tamanha desconsideração e falta de respeito não só comigo como candidato a governador, parceiro de chapa, mas com o partido como um todo", explicou.
A desistência de Don Lotti foi uma surpresa e não liberou ninguém para votar em candidato A, B ou C. "Numa reunião realizada nesta terça-feira, deliberamos pela neutralidade em relação a candidatura para senador", comenta.
Gustavo Henrique falou durante sabatina que é flagrante o trabalho feito por alguns grupos para que desista de sua candidatura. No entanto, ele negou de forma veemente e contou que segue na luta. "Isso nos motiva e é sinal de que estamos no caminho certo", disse, declarando que o fato de ter as propostas de governo registrada em cartório com assinatura de termo de renúncia em caso de descumprimento incomoda os oponentes. "Como já venho há muito tempo dentro do processo político, sei como funcionam os bastidores, sigo focado e estimulado para seguir", diz.
Análise dos demais candidatos
Gustavo Henrique discorreu sobre a polarização nacional e pediu ao eleitor para desacelerar e ver que há outros candidatos na disputa. Segundo ele, o eleitor sempre vota em alguém. "Mesmo chateado e cético, a maioria vota em algum candidato", disse, contando fato que ocorreu que presenciou em Nova Santa Rita, quando viu um grupo de pessoas na praça, se apresentou como candidato, fez um corpo a corpo e foi bem recebido. "As pessoas perguntaram na cidade, não são só dois candidatos?", disse, esclarecendo que aproveitou o serviço de som da praça e falou de suas propostas.
Gustavo Henrique disse que os dois lados opostos são parecidos. De um lado, um ex-prefeito capitaneado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e um dos principais articuladores da campanha do Presidente Bolsonaro na atualidade e que em outros tempos estava no Partido dos Trabalhadores, abraçando a ex-presidente Dilma, já esteve ao lado de Lula e depois deu rasteira.
Na sabatina, ele disse que o apoio de Bolsonaro a Sílvio Mendes é explícito e cristalino. "Se o presidente declarou apoio é porque há um feedback", afirma.
Sobre Rafael Fonteles, ele disse ser um candidato tirado do bolso e vem de um partido que não admite alternância nem mesmo com os aliados.
O candidato anunciou que, enquanto ele recebeu zero recurso do Fundo Partidário, Sílvio Mendes recebeu mais de R$ 7 milhões, Rafael Fonteles mais de R$ 5 milhões e outro candidato cuja função é só de batedor recebeu R$ 600 mil.
"Não recebi recursos do Fundo Eleitoral e faço campanha com a colaboração de amigos e parentes. Encaro a política como missão e não como meio de vida", disse.
Despolitização de áreas essenciais
O candidato reafirmou que vai despolitizar áreas nevrálgicas como a Educação, Saúde e Segurança, que serão comandadas por técnicos. "Não que não sejam competentes, mas quando estão no exercício de mandato têm visão passional", disse.
O candidato destacou a necessidade de aumentar o efetivo da Polícia Militar, dos Bombeiros e da Polícia Civil. "O Piauí precisa de 15 a 16 mil policiais e cada cidade precisa de pelo menos uma delegacia", garante, enfatizando que o Corpo de Bombeiros precisa ser descentralizado e os municípios precisam criar suas brigadas de proteção a incêndio e tragédias. "É preciso também criar as guardas municipais. É um processo irreversível", diz.
Na saúde, o candidato disse que os municípios precisam de médicos e enfermeiros residentes na cidade para evitar as ambulâncias terapias de urgência.
Apoio para presidente
O candidato afirmou que o Patriotas adotou posição de neutralidade para presidente e num eventual segundo turno, em nível nacional, haverá uma reunião para discutir e deliberar decisões para escolha de um candidato.
"O que o brasileiro quer independente de direita ou esquerda. Ele quer educação de qualidade, saúde e comida na mesa",disse.
Social
Gustavo Henrique falou ainda sobre a geração de emprego e renda e pretende criar as zonas industriais, respeitando as vocações regionais e ressaltou a instalação de indústrias de beneficiamento de grãos.
O seu plano de governo contempla o micro e o pequeno empreendedor. "Vou colocar à disposição a educação financeira e organizacional, aliado ao fomento a juros baixos", disse.
Educação
Gustavo Henrique disse que não pretende ser o governo para inaugurar prédios escolares. "Vamos requalificar as escolas já existentes, pois muitas estão fechadas e precisam de melhor destinação, com laboratórios de pesquisa e de informática", declarou, destacando que vai dar autonomia financeira e administrativa para Universidade Estadual do Piauí.