Candidata ao Governo do Piauí pelo PSC, Gessy Lima, disse que não há possibilidade de apoiar o pleiteante do União Brasil, Silvio Mendes, destacando que é a única via capaz de levar o Estado ‘ao próximo nível’. A declaração foi dada durante sabatina no Jogo do Poder nesta quinta-feira (01).
A candidata do PSC, foi a quarta sabatinada pelo time de jornalistas. O primeiro candidato a participar da sabatina foi Rafael Fonteles, do PT. Já na terça-feira (30), foi a vez do candidato Gustavo Henrique, do Patriota, responder as perguntas dos jornalistas Ananias Ribeiro, Apoliana Oliveira, Arimateia Carvalho, Francy Teixeira e Sávia Barreto. Na quarta-feira (31), Sílvio Mendes, do União Brasil, foi o terceiro candidato a ser sabatinado. Amanhã, dia 2 de setembro, será a vez da candidata Ravenna Castro.
Gessy teceu críticas a Rafael Fonteles (PT), indicando que ele representa o atraso; e a Silvio Mendes, insinuando que ele é comandado.
“Eu sou a única via capaz, preparada para levar o Piauí ao próximo nível, de um lado temos o candidato do Governo que representa 20 anos de atraso, de um outro lado temos um candidato que representa a velha política e ele disse já algumas vezes que o chefe dele quem dá as ordens, então não há possibilidade, eu Gessy, estou firme na disputa”, afirmou.
A pleiteante ao Poder Executivo reverberou que os grupos políticos estão amedrontados com a sua candidatura, pontuando que eles têm medo do ’bem’ que ela pode fazer para o Estado.
A ex-secretária de Economia Solidária destacou que se mantém firme na candidatura, respondendo aos processos de impugnação que tramitam na Justiça Eleitoral.
“Isso é natural, onde se tem um grupo político, ou grupos políticos que estão no poder há muito tempo, então eu não sou da bolha política e estou fazendo carreira solo. Eu vejo isso de maneira muito positiva, isso quer dizer que minha presença na política, onde os dois lados tentaram polarizar e não conseguiram, pois estou aqui, e enfrentado diariamente notícias fakes, tentativa de manchar a minha imagem, barrar minha candidatura, para tentar me barrar, manchar minha imagem, porque eu estou amedrontado os grupos políticos que estão aí, porque eles têm medo do bem que eu vou fazer pro Piauí, do trabalho que eu vou desenvolver”.
Apoio a Bolsonaro
A candidata do PSC disse que não declarou publicamente apoio a nenhum candidato a presidente da República. Ela foi apontada como ‘bolsonarista’ pela também candidata Lourdes Melo (PCO) no debate da Rede Meio Norte.
“O que me relaciona com o presidente da República que eu sou cristã, sou pela família, sou pela liberdade econômica, pela liberdade do povo, da população, se você for olhar nas minhas redes sociais não tem a imagem de nenhum presidente, eu não tenho necessidade de colocar nenhum presidente nas minhas costas para me promover”, afirmou.
Gessy Lima pontuou que o foco está direcionado nos problemas do Estado, indicando que respeita tanto o lado A quanto o lado B.
“Eu sou uma candidata que não sou ideológica, eu acho que tanto um lado quanto o outro tem perdido muito tempo nessa briga ideológica, esquecendo que tem muitas pessoas na pobreza, com fome, morrendo de acidentes nas estradas esburacadas. Tanto lado A, quanto lado B, eu respeito”.
Secretariado técnico
A pleiteante do PSC reverberou que ao não ter padrinhos políticos, caso eleita, terá liberdade para escolher um secretariado técnico, focando na qualidade da gestão.
“Eu tenho 31 anos, mas trabalho desde os meus 13 anos, sou filha de comerciantes, com 18 anos tive meu primeiro emprego, eu sei como está do lado de lá, sei como é ganhar um salário mínimo, pegar um ônibus, e exatamente por não ter padrinhos políticos, eu vou poder escolher meu secretariado baseado em critérios técnicos, pois meu foco será na qualidade de gestão”.
Recursos bloqueados para campanha
Ela ainda rebateu as acusações de que não estaria se empenhando na campanha, sinalizando que os processos têm impacto na liberação dos recursos do partido.
“Eu estou sofrendo uma perseguição, uma tentativa de barrar, para que não sabe, sou presidente estadual do PSC e temos uma chapa de 11 candidatos a deputado federal, eu preciso cuidar dessa parte fundamental que são todas as questões jurídicas, com essa tentativa de barrar minha candidatura, todos os nossos recursos foram bloqueados, com isso o espaço que tenho são as redes sociais, são esses espaços. Eu creio que logo logo vamos resolver esses problemas e ampliar nossa campanha”, disse.
Questões pessoais
A candidata ao Governo ainda comentou as polêmicas em âmbito pessoal envolvendo acusações de adversária. Ela lamentou. “É uma atitude lamentável diante do quadro que o Estado do Piauí está e as propostas devem ser voltadas à resolução de problemas, e um debate político que deveria ser de alto nível, candidatos e candidatas se utilizam de mentiras, de calúnias para tentar manchar minha imagem, o eleitor sabe quem é de verdade, quem acompanha as redes sociais sabe as mentiras, o ataque vê o ódio”.
Gessy ainda complementou. “Quando uma mulher se levanta para difamar outra mulher, utilizando mentiras, porque procuraram na minha vida pessoal não encontraram nada que me descredibilize, tentaram encontrar algo na minha vida pessoal e não encontraram, aí só resta a mentira”.
Foco no desenvolvimento econômico
A ex-secretária municipal de Economia Solidária de Teresina disse que durante sua gestão na pasta cerca de 70% do público assistido era feminino, defendendo ações que fomentem o empreendedorismo.
“Na minha gestão em frente a Semest, 70% dos empreendedores assistidos eram mulheres, mães de família, essas famílias recebiam o capital de giro, com esse dinheiro elas compravam mercadorias, produtos e comercializavam nessas feiras, e muitas dessas mulheres não se viam como empreendedoras, então através das nossas palestras, capacitações que realizamos na Semest”.
Gessy disse que o desenvolvimento econômico será o pilar da sua gestão, caso eleita governadora. "Todo desenvolvimento de um Estado passa por uma economia sólida, hoje temos mais da metade da população piauiense vivendo na pobreza, o pilar da minha gestão será o desenvolvimento econômico”.
Ela complementou. “Temos um sistema de saúde que é precário, com essa crise, com a pandemia, muitas pessoas perderam seu emprego, cortaram seu plano de saúde, com mais desenvolvimento econômico, é toda uma cadeia que é movimentada”.
Por fim, a candidata indicou que começará fazendo básico, pois na visão dela, sequer isso foi feito pela atual gestão estadual. “O que nós observamos é que o básico não foi feito, todos os dias eu recebo pelo menos 10 pedidos de emprego no meu instagram, no meu WhatsApp, as pessoas não têm atendimento médico, então a minha meta é fazer primeiro o básico, o essencial, que é segurança, gerar emprego, saúde de qualidade, garantir o fornecimento de insumos, escolas, primeiro fazer o básico porque o básico não está sendo feito”, concluiu.