No Agora, ministro Barroso elogia escolha de Kassio Nunes ao STF

Ministro do STF e presidente do TSE concedeu entrevista ao Agora nesta sexta-feira, 02 de outubro, e garantiu segurança sanitária no pleito de 2020

Ministro Barroso concedeu entrevista no Agora | Reprodução
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Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, concedeu entrevista exclusiva ao ‘Agora’, da Rede Meio Norte, nesta sexta-feira, 02 de outubro. Na ocasião, o magistrado respondeu aos questionamentos dos jornalistas Amadeu Campos e Ranielly Veloso.

Com os desafios inerentes à realização do pleito de 2020 em plena pandemia, Barroso detalhou as medidas adotadas pela Justiça Eleitoral para garantir a segurança aos mesários e eleitores, destacando que não acredita no aumento na abstenção no ano, pelo contrário, ele aposta em um aumento da participação do eleitorado, tomando como base o recorde no número de mesários voluntários e a elevação nas candidaturas, no comparativo à eleição anterior.

Em outro âmbito, ele opinou sobre a indicação do piauiense Kassio Nunes ao Supremo Tribunal Federal, como ministro da Corte, Barroso indicou que caso o magistrado seja aprovado pelo Senado, será bem recebido .

Indicação de Kassio Nunes

“Eu não tenho uma avaliação pessoal, nossos caminhos não se cruzaram, mas evidentemente um profissional que tem experiência na advocacia e chegou a ser desembargador federal, acho importante o Tribunal ter pluralidade regional, não conheço, mas presumo que seja uma pessoa de qualidade, da minha parte será muito bem-vindo se for aprovado pelo Senado”, disse.

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VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

Segurança nas eleições

“Acho que só comemoramos o gol depois que a bola está na rede, só vou responder definitivo em 30 de novembro, agora tudo que é razoavelmente possível a se fazer para dar segurança, nós fazemos. Marcamos na janela mais segura para todos, essa foi a primeira providência e conseguimos aprovar a emenda constitucional 107, e depois passei a cuidar da segurança das eleições, constitui uma Comissão Sanitária; aparentemente até semana que vem estará tudo pronto”, comentou.

O ministro do STF e presidente do TSE complementou. “Constituímos uma consultora sanitária, integrada pela Fundação Oswaldo Cruz, pelo Hospital Sírio Libanês e o Hospital Albert Einstein, providenciamos uma grande quantidade de equipamentos, por exemplo, conseguimos 10 milhões de máscaras, mais de 2 milhões de face Shields, mais de 2 milhões de frascos de álcool gel, 1 milhão de litros de álcool em gel para eleitores. Fizemos uma chamada pública para a iniciativa privada, para que eles contribuíssem fornecendo esses equipamentos, para minha surpresa tivemos 30 empresas que se apresentaram para recolhermos todos estes materiais sem 1 centavo do dinheiro público; mas depois tinha a logística, portanto, eu semana que vem espero poder anunciar que todos estes equipamentos chegaram em segurança aos TREs e que portanto, poderemos dar o máximo de garantia possível nas eleições; risco zero é só se não tivesse eleições. Tudo que se é razoável fazer, nós fizemos, mudamos também o fluxo das eleições, que é a maneira que o eleitor vai votar”.

Igualdade nos recursos para candidatos negros

“Os presidentes não disseram que era inexequível, de fato se queixaram do pouco tempo de planejamento, houve realmente uma queixa, mas ninguém disse que não cumpriria. Uma mudança necessária, um dos interlocutores da reunião disse que a decisão foi precipitada, e eu disse que veio com um atraso, um atraso desde a abolição da escravatura. Você tem uma sub-representação que é perversa, e é preciso criar símbolos de representação de negros e pardos. Eu acho que é uma questão de Justiça”, disse.

Ministro Luis Roberto Barroso no Agora 

Abstenção nas eleições

“Nossa expectativa é de termos uma queda da abstenção, vamos dar dois exemplos que a sociedade brasileira se tornou mais exigente, mais participante, portanto, veja o que aconteceu, fizemos uma campanha para recrutar mesários voluntários, recrutamos uma quantidade expressamente maior do que a eleição passada. Segundo lugar, temos cerca de 550 mil candidatos, e portanto é um aumento muito relevante em relação às eleições municipais de 2016, as pessoas se mobilizaram para serem mesários, se mobilizaram para serem voluntários, então eu não tenho nenhuma razão para acreditar que as pessoas vão deixar de votar”, disse.

Luís Roberto Barroso ainda tratou sobre o combate às notícias falsas. “Fizemos tudo que é possível e razoável fazer para conter a disseminação de notícias falsas, se a noticia for comprovadamente falsa o próprio TRE irá remover, tem direito de resposta e daí pra mais, o que acontece com a vida é que nem sempre é fácil identificar fake news. Criamos um grupo com as agências de checadores de fatos, todas vão divulgar as notícias verdadeiras, criamos uma página na Justiça Eleitoral chamada fato ou boato e conseguimos uma parceria com toda a empresa de telefonia, onde todos podem entrar de graça no site da Justiça Eleitoral para conferir as informações, contamos também com a imprensa profissional. Pessoalmente tenho feito essa campanha, o Átila Iamarino graciosamente participa da campanha, e contamos que a sociedade participe. As notícias falsas comprometem a qualidade do debate e isso é muito ruim”, afirmou.

Mensagem final

Queria dizer para a população, os eleitores de maneira em geral, que tudo que é razoável para se dar segurança às eleições, nós fizemos, e que a democracia precisa da participação das pessoas, por isso pesquise sobre os candidatos, se informe e guarde o nome para cobrar, precisamos de uma cidadania participante, ativa, e não divulgue fake news, não adianta repassar a notícia falsa do candidato que você não gosta e se indignar quando acontece o mesmo com aquele que você gosta. Jogue limpo nas eleições 2020.

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