O ex-secretário de Fazenda, Rafael Fonteles (PT), concedeu entrevista nesta terça-feira, 28 de junho, ao Jogo do Poder, na Rede Meio Norte. Pré-candidato ao Governo, ele comentou as críticas da oposição relacionadas a adesão dos vereadores de Teresina à sua base de apoio, pontuando que os adversários podem ‘estrebuchar’, mas que a maioria dos líderes está do seu lado.
“A oposição pode dizer, pode estrebuchar do jeito que quiser, o fato é que além de termos nosso time, termos o apoio da maioria da população, temos o apoio da ampla maioria dos líderes, tanto prefeitos, prefeitas, vice prefeitos, tanto como vereadores da capital Teresina, que tem uma importância muito grande no contexto estadual, ficamos muito felizes de ter uma relação inclusive de amizade com os vereadores, que estão engajados com o nosso nome. Contamos sim, e valorizamos bastante o apoio dos vereadores e vereadoras da capital, e de todo os municípios do Estado”, disse.
Questionado sobre a adesão de prefeitos, em como estaria o ‘placar de apoios’, o petista indicou que a oposição ‘tem muita dificuldade em matemática’, reiterando que o grupo político ao qual integra tem conquistado mais apoios.
“A oposição não sei porque tem muita dificuldade em matemática, a grande maioria dos líderes já se posicionaram, existem alguns poucos que não se posicionaram de forma clara. É óbvio que a maioria desses líderes pela própria presença nas nossas agendas, estão nos apoiando”.
O pré-candidato complementou que ‘tem aqueles que estão no time de Lula e outros que estão no time de Bolsonaro’.
“É uma situação catastrófica que estamos vivendo”
Percorrendo o Estado em pré-campanha, Fonteles sinalizou que o sentimento da população é de ‘esperança’, apesar disso, frisou que o Brasil vive uma ’situação catastrófica’ da volta da fome.
“Um sentimento de muita emoção, calor humano, entusiasmo das pessoas, nos encontros que temos que fazer a portas fechadas, os encontros não são abertas, a legislação nesse momento não permite vários encontros que são característicos do período eleitoral A gente sente um momento de muita esperança, apesar da volta da fome, as pessoas estão com muita esperança com a volta do presidente Lula”.
Na entrevista, o ex-secretário estadual de Fazenda declarou que a eleição de outubro é a mais importante dos últimos 40 anos. De acordo com ele, é um pleito que apresenta projetos opostos. “Acredito sim nesse cenário polarizado, tanto em nível federal quanto nível estadual, são projetos muito distintos, sempre digo que é a eleição mais importante dos últimos 40 anos, são dois projetos opostos”.
Petista crê que eleição pode se decidir em 1º turno
Ademais, o ex-secretário demonstrou otimismo, acreditando que a eleição tanto em âmbito nacional quanto estadual pode ser decidida em primeiro turno. “De fato entendo que essa eleição tem tanto em nível federal quanto estadual pode se decidir no primeiro turno, acreditamos sim”.
Rafael Fonteles ainda descreveu a importância do ex-presidente Lula na sua pré-campanha, destacando que tem orgulho de mostrar em qual ’time está’, indicando que não vê tal disposição na Oposição. “Costumo dizer que ninguém é pré-candidato a governador de si mesmo, e a gente ao contrário do pré-candidato de Oposição tem o orgulho de mostrar o nosso time inteiro. Lula é sim, importantíssimo, na nossa caminhada. De 2002 pra cá todos os governadores e senadores que foram eleitos estavam com o Lula, pois Lula sem dúvidas, representa os anseios a esperança do povo piauiense”.
O ex-secretário sinalizou, no entanto, que ‘não é só isso’, reverberando que tem história e serviços prestados.
Emprego e renda como foco
O pré-candidato destacou na entrevista que seu programa de Governo está calcado em alguns pilares, como no aumento da empregabilidade e da renda do piauiense. “Acredito muito na geração de trabalho, emprego e renda, geração de oportunidades”.
O petista também defendeu o apoio aos microempreendedores, com a concessão de crédito facilitado, assistência técnica e tecnológica, além da capacitação. Ademais, disse que o mundo atual não é o mesmo do início do século, propondo-se a encabeçar essa transformação digital do Piauí.
“Atração de empreendimentos âncoras para os parques empresariais e tecnológicos que estamos colocando de forma descentralizada, para que essas empresas âncoras possam atrair novas oportunidades de negócio”.
Desafios do Piauí
Rafael Fonteles explicou que defende a atual gestão, mas representa a renovação, ao pontuar que pretende promover as mudanças de forma mais acelerada no Estado. Ele comparou o Piauí antes do Governo Wellington Dias com o Piauí após a gestão do petista.
“Quem universalizou o ensino, descentralizou a saúde, foi esse projeto liderado pelo governador Wellington Dias”, comentou.
De acordo com ele, há problemas, mas esses podem ser resolvidos. “Claro que permanecem problemas, é exatamente essa nova geração que vamos implementar, para que possamos fazer essa transformação ainda mais acelerada”.
Ciro Nogueira mais ativo na pré-campanha
Questionado se a base governista teme uma participação maior do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), na pré-campanha de Sílvio Mendes, Rafael Fonteles foi categórico. “Ciro Nogueira representa Bolsonaro no Piauí, representa o Bolsonaro na pré-candidatura de Sílvio Mendes, Esse time que é oposto ao nosso, são esses dois projetos que estão disputando majoritariamente”.
O petista indicou que levará a mensagem que a gestão do ex-presidente Lula foi benéfica não somente para os mais pobres, mas para todos, sinalizando que quando ele esteve na presidência aumentou a renda, a classe média e alta também tiveram mais prosperidade. “O que Lula fez para os mais pobres também foi importante para a classe média e classe alta. Todos cresceram no Governo de Lula, inclusive os grandes empresários. Pelo amor de Deus, todos temos que ser favoráveis para que todos tenham uma vida mais digna, vamos fazer esse debate em nível estadual e nível federal, como o modelo do Lula é mais benéfico para o país do que essa tragédia do Bolsonaro e seus amigos aqui no Piauí”.
O pré-candidato ainda afirmou que Bolsonaro ‘persegue o Piauí, persegue o Nordeste e não gosta de gente’.