Usuários do transporte intermunicipal reclamaram de longa espera pelos ônibus para saída de Teresina, neste domingo (30) de segundo turno das eleições 2022. Outra insatisfação entre os passageiros era com a lotação dos veículos.
O transporte está sendo ofertado de forma gratuita para os eleitores, bastando levar documento que comprove que o passageiro irá votar. No entanto, em alguns pontos, usuários enfrentam dificuldades. A autônoma Francisca de Sousa mora em Teresina, mas vota no município de Alto Longá. Ela saiu do bairro Dirceu II e usou o transporte coletivo gratuito para chegar até a rodoviária da Ladeira do Uruguai, na zona Sul de Teresina. Com uma hora de espera, ela desistiu de entrar em 4 ônibus devido a lotação.
“Tem muita gente mesmo. Eles já chegam aqui com muitos passageiros e pouca gente consegue entrar, o jeito é aguardar a movimentação parar um pouco", contou.
Em todo o estado, os eleitores tiveram direito à gratuidade no transporte. Para Francisca de Sousa, que não conseguiu votar no primeiro turno, a medida facilitou sua chegada às urnas para escolha do presidente. "A gratuidade é muito importante para mim porque eu estou sem um centavo no bolso para pagar passagem. Não votei na eleição passada, mas vou votar desta vez, facilitou muito e poderia ser sempre assim”, contou.
A dona de casa Maria dos Remédios Sousa mora em União, no Piauí, mas vota na capital, Teresina. Segundo ela, foram mais de duas horas para conseguir chegar na capital. “Estava lotado e demorou muito para a gente conseguir entrar. É bom porque é de graça, mas eu já estava pensando em desistir”, comentou.
Na avenida João XXIII, em Teresina, ela estendeu o braço para pedir parada a um ônibus intermunicipal, mas também sentiu dificuldades em conseguir uma viagem de volta para casa.
A secretária Andreia Barbosa também mora em União e vota em Teresina. Ela disse que não enfrentou dificuldades para conseguir uma vaga na ida, mas na volta, optou por uma carona com amigos. “Foi tranquilo para vir, mas não tive paciência para esperar um para voltar. Todos que passam estão lotados”, relatou.