Ravenna Castro diz que Gessy “não sabe gerir a própria casa”

Ravenna Castro participou de sabatina na TV Jornal Meio Norte nesta quinta-feira, 15.

Sabatina com Ravenna Castro | Raissa Morais
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A candidata ao Governo do Piauí pelo PMN, Ravenna Castro, participou de sabatina realizada nesta quinta-feira, 15, pela TV Jornal Meio Norte, dentro do Programa Banca de Sapateiro

A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Arimatea Carvalho e Francy Teixeira. Na segunda-feira, 12, quem abriu a série de sabatina foi Madalena Nunes, do PSOL. Na terça-feira, dia 13, foi a vez de Geraldo Carvalho, do PSTU. Nesta sexta-feira, 16, será a vez de Gessy Lima, do PSC.

Ravenna Castro é envolvida em política e pela primeira vez é candidata a um cargo majoritário. Ela disse que sempre gostou de estar perto do povo, participar de movimentos sociais e por meio da política é possível ampliar esse contato. "Sempre trabalhamos projetos em defesa das mulheres, dos mais vulneráveis, dos mais humildes e agora com a política vemos uma forma de ampliar essas atividades", diz.

Candidata Ravenna Castro na TV Jornal (Raissa Morais)

Na campanha, ela disse que tem feito viagens, com rotas para as regiões norte e sul. "Temos recebido adesões e enviado material e a partir da próxima semana estaremos percorrendo cidades estratégicas", disse, declarando a boa receptividade do piauiense. "Nos municípios as pessoas nos oferecem suas residências e nos dão apoio, solicitam material de campanha", disse.

Conflitos

Advogada e jornalista, Ravenna Castro falou do embate com a candidata Gessy Lima (PSC) e disse que esse conflito é uma história longa e vem bem antes da campanha. "Tivemos um acirramento de ânimos com a candidata e vem desde a pré-campanha, quando foi chamada de Hittler e psicopata por parte de membros do PSC e pedimos providências à diretoria do Partido para que pudesse abrir processo disciplinar contra essas pessoas, uma explicação do PSC e o que vimos foi mais omissão e ataque e então passamos a responder os ataques. Estava começando o processo eleitoral", diz, enfatizando que recebeu várias denúncias de pessoas do povo sobre as atitudes e comportamentos da candidata oponente.

Ravenna Castro durante sabatina (Raissa Morais)

Ravenna vem da advocacia popular e defende que os candidatos devem passar por uma investigação social. Ela garante que não saiu de seu escritório e de sua casa para bisbilhotar a vida das pessoas. As denúncias vieram de pessoas e garantiu que não tem interesse em continuar com esses embates contra uma candidata que sequer conseguiu organizar o partido para uma convenção. "O TRE já indeferiu a candidatura do PSC, não foi homologada. Quem não governa um partido, não consegue fazer uma convenção que é algo pequeno, vai conseguir gerir um estado", questionou Ravenna, explicando que os votos dados à candidata do PSC serão inválidos.

Na sua campanha, Ravenna diz que prioriza as proposições e vai governar para os mais humildes, os mais vulneráveis. "Nossa campanha é propositiva e procuramos melhorar a vida dos piauienses, pois entendemos e sabemos como o povo supera as dificuldades", disse.

Polarização 

Na live das excluídas, Ravenna manifestou voto em Lula. Ela disse ser contra a polarização e disse que no Piauí há várias candidaturas lulistas. "Temos identificação com as ideias, bandeiras e afinidades com o programa de Governo de Lula. Neste momento, entendemos que ele precisa de nosso apoio para vencer no primeiro turno", garante.

Segundo a candidata, o presidente Bolsonaro tem o PL, além de outras candidaturas. Ela acredita que o pleiteante ao Governo do Estado do União Brasil, que tem proximidade com o ministro de Bolsonaro, é também bolsonarista e acredita que seja complicado assumir a candidatura do atual presidente em razão de sua alta rejeição no Piauí. "Há tentativa de jogar lençol em cima de Bolsonaro, é um constrangimento", diz.

Sexualidade

Sobre o fato de assumir sua bissexualidade, Ravenna diz que não deve nada a ninguém e não vai mentir só para agradar. Aos 36 anos, trabalha e paga suas contas. A candidata defende uma política mais humanizada, com pessoas verdadeiras, que mostrem a verdade.

"A individualidade do outro tem que ser respeitada, pois tem muita gente para atirar pedras", disse, informando que respeita católicos e evangélicos e declarou que a igreja tem papel importante na sociedade.

Violência política

Na sabatina, Ravenna disse que sempre há tentativa de silenciar a sua voz, já foi incentivada a desistir da candidatura por pessoas que perguntaram a razão por que não disputa a presidência de um bairro.

No entanto, ela disse que está candidata, gosta da disputa democrática e incentiva as candidaturas femininas, o empoderamento da mulher e a sua autonomia financeira. "Não defendo a superioridade das mulheres, mas a garantia de igualdade de direitos", diz, declarando que sua candidatura é para o povo pobre. "Não estamos aqui para as elites, mas para classe média, baixa, pessoas que precisam de ajuda, é para esses que vamos governar".

Saúde

No debate, a candidata falou da filha, diagnosticada com TDAH, falou dos desafios  e defendeu políticas públicas para atender pessoas com deficiência e também a família.

Ravenna diz que a saúde é uma de suas bandeiras e se eleita vai lutar para acabar com a falta de profissionais, medicamentos e descentralizar o atendimento para que as pessoas no interior sejam contempladas com saúde de qualidade. "Defendemos o corte de regalias para canalizar os recursos para saúde", disse, afirmando que pode fazer mais com pouco. "Se eu, sendo eleita, não conseguir fazer um governo que preste, jogo a tolha e renuncio"

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