O segundo turno das eleições para o governo do Rio de Janeiro será disputado entre os candidatos Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM). Segundo a Justiça Eleitoral, com 96% dos votos apurados neste domingo (7), Witzel tinha 41,25% dos votos e Paes 19,49.
Perfis
Wilson Witzel tem 50 anos. Nasceu em Jundiaí, São Paulo. É doutorando em ciência política, mestre em processo civil e professor universitário. Witzel é casado e pai de quatro filhos. Já foi fuzileiro naval, defensor público e também juiz federal por 17 anos.
Eduardo Paes é carioca e tem 48 anos. Foi vereador, deputado federal e prefeito do Rio por dois mandatos, de 2009 a 2017. Ao deixar a Prefeitura do Rio, foi consultor no BID e vice-presidente da América Latina da china BYD, fabricante de veículos elétricos. Candidatou-se ao governo pela segunda vez.
Witzel começou a corrida eleitoral com apenas 1% na primeira pesquisa Datafolha, de 22 de agosto. Já Eduardo Paes (DEM) começou liderando a campanha em empate técnico, com dois pontos percentuais de diferença (18% x 16%) para Romário — a margem de erro era de 3%.
Ao longo da campanha, Romário oscilou para baixo e, na briga pelo segundo lugar, chegou a registrar um empate técnico com Garotinho. O candidato do PRP, no entanto, teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-governador foi obrigado a interromper os atos de campanha.
Com a oscilação de Romário e o indeferimento de Garotinho, Witzel, Indio (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL) intensificaram a disputa pela terceira via. O candidato do PSC deu os sinais mais fortes de que poderia surpreender apenas no sábado (6), na pesquisa Datafolha que o apontou empatado com Romário em segundo lugar, com 17%, contra 27 de Paes.
Durante a campanha, Paes tentou descolar a imagem de figuras do MDB, partido pelo qual se elegeu prefeito duas vezes. Já Witzel deixava claro seu apoio ao candidato líder nas pesquisas para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Propostas
Durante a campanha, Witzel propôs acabar com a secretaria de Segurança e criar um gabinete integrado entre as polícias civil e militar e o governador. O ex-juiz federal criticou a intervenção federal por acreditar que as forças armadas devem patrulhar as fronteiras, não as cidades. Ele diz que, se eleito, vai autorizar a “abater” qualquer pessoa portando um fuzil.
Witzel também prometeu, em seu primeiro dia de governo, renegociar a dívida do estado, inclusive propondo o pagamento das dívidas em 100 anos.
Já Paes prometeu criar o Cegonha Fluminense, inspirado no Cegonha Carioca. Ele também afirmou que vai melhorar o atendimento do Rio Imagem, abrindo unidades no interior, e levar clínicas da família para todo o estado.
O ex-prefeito do Rio também defendeu a permanência das Forças Armadas no Rio, mas sob o comando do governador. De acordo com ele, a primeira medida será procurar o presidente da República para negociar a atuação do Exército.