O secretário de Educação do Piauí, Ellen Gera, concedeu entrevista ao Jogo do Poder nesta quinta-feira, 25 de agosto, e comemorou a retomada do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos (PROAJA) por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1).
De acordo com o líder da pasta, a Justiça foi reestabelecida; destacando ainda que todo o processo do PROAJA é transparente e o pagamento só é autorizado para as entidades participantes, quando há de fato a comprovação da alfabetização. “Uma decisão que restabelece a Justiça e o direito de quem ainda é analfabeto, de ter direito a esse processo de alfabetização”, afirmou.
Ellen Gera sinalizou que as ‘hipóteses levantadas’ sobre irregularidades no programa não se sustentam, reverberando a autorização de que as aulas sejam retomadas no Piauí.
“Eu fiquei muito invocado, com a suspensão desse porte, com um programa desse nível. (…) Vou ter que voltar todo o processo de aprendizagem, engajamento, Busca Ativa até para trazer essas pessoas de volta”, comentou.
Para ele, mais de 154 mil pessoas foram prejudicadas e a “suspensão era violenta demais para o problema que estava se apresentando”.
“Quando você dá uma decisão que suspende todo o programa, você tira 154 mil pessoas da sala de aula”, disse.
O secretário criticou a postura dos oposicionistas, classificando o espanto com a postura de alguns parlamentares, que comemoraram a suspensão das aulas. “Me assusto com o relatório chegando a Seduc já tinha deputado tirando foto, comemorando a suspensão das aulas de alfabetização dessas pessoas, até me espanto porque você torcer para o pior é algo difícil de se ver quem está se propondo em fazer o bem, mas fico feliz em ver que o TRF1 reposiciona a Justiça”, afirmou.
Ellen Gera garantiu que qualquer problema será devidamente investigado e combatido. “Digo mais, qualquer problema ou irregularidade nós vamos combater, nós vamos investigar. O método de pagamento do Proeja é um dos mais inovadores que se tem, e o PROAJA é estritamente rigoroso, e ele só paga quando a pessoa é de fato alfabetizada”, destacou.
Ele concluiu. “Fico feliz que o posicionamento da Justiça tenha sido refeito e sempre acredite que poderíamos retomar essa missão da alfabetização de pessoas, adultas e idosas que lá atrás não tiveram acesso à educação”.