O deputado Elmar Nascimento (União-BA) desistiu de sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados após enfrentar obstáculos insuperáveis. Desde o início, ele não contava com o apoio do Palácio do Planalto, principalmente devido à desconfiança dos governistas, alimentada por sua proximidade com ACM Neto. Além disso, o ministro Rui Costa (PT-BA) se mostrou uma barreira significativa, minando os esforços de Elmar para ganhar terreno entre os 513 deputados.
candidatura perdendo força
Apesar das tentativas de atrair apoio, com eventos festivos na Bahia e em Brasília, a candidatura de Elmar começou a perder força. Seu réveillon na Ilha dos Frades, frequentado por políticos de destaque, e seu aniversário em julho, repleto de figuras importantes, não foram suficientes para consolidar sua posição. A falta de articulação com o Planalto e o receio de que sua gestão fosse similar a de Arthur Lira ou Eduardo Cunha contribuíram para seu enfraquecimento.
alternativa à presidência da Câmara
Diante da desistência de Elmar, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) surge como uma possível alternativa à presidência da Câmara. Sem vetos explícitos do Planalto, Motta, que já presidiu a CPI da Petrobras, é visto como um nome capaz de atrair apoio de diferentes setores, inclusive dos evangélicos, fortalecendo sua candidatura. O governo Lula avalia que sua escolha pode abrir caminho para novas alianças estratégicas.
Agora, com a saída de Elmar, o cenário político muda, deixando Hugo Motta como um dos favoritos para a disputa, sem o peso de desconfianças significativas por parte do governo. A questão da aproximação com setores religiosos e a composição de forças para 2026 começam a moldar os próximos passos na corrida pelo comando da Câmara.
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