O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, aproveitou o recebimento de mandado de citação na Penitenciária Federal de Brasília e escreveu um bilhete no documento direcionado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, informando que o ex-policial militar Ronnie Lessa mentiu na delação premiada.
O que aconteceu
Rivaldo Barbosa está preso por suspeita de ter atuado para proteger os mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Barbosa nega conhecer o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
O que diz
“Aos exmos ministros, eu nunca falei com esses outros denunciados. O inquérito 901/00266/19 possui provas técnicas da mentira do assassino da vereadora Marielle e do motorista Anderson. No STJ, há uma decisão de que eu não participei das investigações”, escreveu Barbosa, referindo-se a um incidente de deslocamento de competência.
Outro bilhete
Em maio, o delegado já havia pedido, em outro bilhete dirigido a Moraes, para prestar depoimento à Polícia Federal. “Ao Exmo. Ministro, por misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor de Deus”, escreveu na ocasião. Na semana seguinte, o ministro determinou a oitiva. Aos investigadores, Barbosa afirmou sofrer uma “perseguição” e apontou supostas fragilidades no inquérito.
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