Em carta enviada ao então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a Pfizer propôs soluções a entraves apontados pelo governo federal para compra da vacina da empresa.
A carta faz parte de documentos enviados pela farmacêutica à CPI da Pandemia. Correspondência semelhante foi endereçada ao então secretário-executivo da pasta Élcio Franco no mesmo dia.
O presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, então presidente da companhia no Brasil, afirmou na carta que a empresa havia adequado as limitações jurídicas, encontrado alternativas logísticas e que a oferta, apesar de limitada, seria suficiente para imunizar grupos prioritários ainda no primeiro trimestre.
O secretário Élcio Franco, Murillo explicou a motivação para suas declarações.
"Deixamos inúmeras mensagens em seu gabinete e também reforçamos o pedido por e-mail. Como ainda não tivemos retorno, gostaria de comentar alguns pontos relacionados ao tema e também a cobertura de imprensa realizada ontem, com base em coletiva do Ministério da Saúde que falava do perfil ideal de uma vacina contra a COVID-19", escreveu.
Em coletiva realizada em 1º de dezembro, dia anterior ao envio das cartas, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, falou que o perfil ideal de um imunizante para o Brasil seria uma vacina que pudesse ser armazenada entre 2º e 8ºC e, preferencialmente, de dose única.
Fonte: G1