O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha afirmou em depoimento nesta segunda-feira (6) que está numa "situação de absoluta penúria".
Preso desde outubro de 2016 em razão da Operação Lava-Jato, ele contou que não pode trabalhar, não tem renda e está com os seus bens bloqueados.
O ex-deputado presta depoimento à Justiça Federal de Brasília no processo em que é réu por suspeitas de irregularidades no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF).
— Infelizmente neste momento não posso ter renda. Estou sem trabalhar — disse Cunha ao ser questionado sobre seu rendimento atual pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.
— Neste momento estou sem renda. Absolutamente sem renda. E os bens bloqueados. É uma situação de absoluta penúria — concluiu.
Segundo Cunha, até o advogado que o defende na Justiça está trabalhando "para receber depois", disse.
A Justiça Federal do Paraná, onde Cunha é investigado na Operação Lava Jato, determinou o bloqueio de R$ 220 milhões em bens do ex-deputado, como carros e empresas.