Com o mercado internacional ainda se recuperando da crise financeira, a Embraer espera contar novamente com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em 2011, para driblar a escassez de linhas de financiamento a companhias aéreas que planejam comprar jatos.
A expectativa é de que no próximo ano o porcentual de financiamento a jatos comerciais pelo banco fique pouco abaixo dos 55% registrados em 2010 (aproximadamente R$ 2,4 bilhões). O patamar é bastante superior aos 25% financiados desde 2004, quando a Embraer começou a vender seus E-Jets.
O vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, espera a recuperação do mercado.
- A crise ainda existe no mercado financeiro, nos bancos que financiam aeronaves, mas gradativamente [as linhas internacionais de financiamento] estão voltando.
Apesar da recuperação gradual das linhas internacionais, a tendência é que os bancos de fomento reduzam sua participação nos financiamentos e as companhias aéreas recorram mais ao mercado, avalia Silva.
- A tendência é que daqui para frente as ECAs [Export Credit Agencies] em geral, e não só o BNDES, possam reduzir a participação nos financiamentos, com o mercado passando a ter uma fatia um pouco maior, mais em linha com o que foi nos anos anteriores.